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Editorial

Maquiar ou resolver

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Muito tempo ainda a população de Marechal Cândido Rondon vai esperar para ter a Avenida Rio Grande do Sulem pleno funcionamento. A interminável obra de revitalização dessa que é a principal artéria da cidade até agora se mostra falha, equivocada e ineficiente.

Dificilmente, da forma como está, a obra entregue será a mesma contratada no projeto original. Muita coisa ainda não foi feita, e muita coisa feita foi malfeita. Até remendos – também malfeitos – já ganhou mesmo antes de ser finalizada.

Um dos pontos fundamentais para a demora na entrega e está na capacidade de quem executa os trabalhos. Sem equipamentos necessários ou profissionais especializados,pena para fazer um remendo aqui, outro ali, mais um acolá,mas nada que mude a paisagem desagradável que o rondonense e os visitantes estão vendo há quase um ano.

Quem passa todos os dias pela avenida pode observar com seus próprios olhos. Dois ou três trabalhadores, uma máquina algumas horas por dia, mas nada de a obra sair do lugar. Dia desses, um desses trabalhadores – que não têm nada a ver com o problema – estava fazendo o meio-fio central com uma colher de pedreiro. Não é preciso ser engenheiro civil para saber que este definitivamente não é o melhor equipamento para fazer meios-fios.

Aí sobra problema para a construtora que acabou não dando conta do recado e também para quem a contratou.Geralmente as obras públicas do Brasil sofrem com esse tipo de situação. A empresa dá o preço mais baixo, é contratada, mas não dá conta do recado.

O Poder Público precisa ter mais responsabilidade com o dinheiro da comunidade. Contratar algum serviço ou comprar algum produto somente pelo preço não é a coisa mais coerente a fazer. É como contratar o jardineiro que usa facas ao invés de máquinas de cortar e tesourões.Por mais que seja preciso seguir a lei, deve-se observar com rigor o trabalho executando, não permitindo serviços de má qualidade.

O Ministério Público precisa estar mais atento a essa e tantas outras questões, que acabam por devorar recursos públicos desnecessários com quebras de contrato, novas licitações, aditivos e mais aditivos. A administração municipal também precisa fazer sua parte, ser mais ágil. A inércia da obra se torna agonizante. Independente de a obra ter sido iniciada na última gestão, a atual tem a obrigação de conduzi-la com afinco, afinal de contas, sabia o que iria herdar, de bom e de ruim.

Enquanto isso, a população rondonense sofre com uma avenida cheia de remendos e falhas, terra para tudo que é lado, cacos, cascalho, etc. Ruim para o morador, que precisa conviver com tal cenário, e ruim para o município,que mostra em seu cartão de visitas um retrato fiel das obras públicas Brasil afora.

Independentemente do que aconteceu, é preciso uma solução mais rápida dos envolvidos nessa revitalização da Avenida Rio Grande do Sul. Bons funcionários não criam e não maquiam problemas, os resolvem. Bons administradores também.

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