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Editorial

Menos é mais

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Enxugar a máquina pública. Reduzir os gastos dos municípios, do Paraná e do Brasil definitivamente passa pela diminuição nos custos com salários de pessoal, que, via de regra, consomem mais da metade dos recursos públicos arrecadados. Diminuir o tamanho dos governos é talvez um dos maiores desafios que governadores e o presidente eleitos têm para os próximos quatro anos. Enxugar a máquina pública, sim, mas sem causar prejuízos à população, mantendo e melhorando os serviços públicos.

Jair Bolsonaro teve o enfrentamento ao inchaço nas instituições, uma de suas bandeiras de campanha. A transição de governo aponta para esse norte. Pelo menos sete ministérios serão extintos. Na campanha, garantiu que teria entre 15 e 20 pastas. Tudo indica que esse número, no entanto, pode chegar a 22, contra os atuais 29 ministérios hoje instalados na Capital Federal. É um sinal importante que indica vontade de reduzir os custos operacionais do governo federal.

No Paraná o movimento segue a tendência. Ratinho Junior está demonstrando que quer reduzir o tamanho e os custos do governo estadual.

No Brasil, órgãos públicos do Executivo e Legislativo, além de empresas estatais, sempre foram cabides de emprego. Neles, apadrinhados políticos lotam gabinetes, com salários notoriamente acima da média paga pelas empresas privadas, muitas vezes sem função clara ou necessidade. Assim, o dinheiro que seria usado para asfaltar a rua, comprar o remédio ou pagar o salário do professor, vai para o bolso de politiqueiros que, no fim das contas, mais atrapalham do que ajudam.

Essa farra acontece ano após ano, eleição após eleição, inchando as repartições públicas de pessoas caras e incompetentes, mas parece que um importante passo na contramão está sendo dado. Ao menos é o que parece. Bolsonaro não distribuiu ministérios, tanto porque fez uma campanha sem coligações partidárias, o que, em tese, lhe tira a “necessidade” de rifar as pastas. Ao contrário, está buscando pessoas gabaritadas e com notório conhecimento em suas áreas de envolvimento para atuar tecnicamente no primeiro escalão do governo federal. Se terá êxito ou não, só o tempo dirá.

Para você ter sucesso na vida empresarial, é preciso entender a conta básica que é gastar menos do que arrecadar. Com governos a lógica deve ser a mesma. Mas essa conta não fecha na maior parte do Brasil. Estados endividados e déficits nacionais consecutivos sucatearam os cofres públicos. Aliada ao inchaço da máquina, a corrupção também colabora para o país caminhar no vermelho. Isso precisa urgentemente mudar.

A redução de gastos no governo federal será substancial com a extinção de sete ministérios. No Paraná a congruência deve ser a mesma, de diminuir o tamanho sem afetar os serviços públicos. Chega de esbanjar dinheiro público com pessoas que não merecem. O Brasil está farto de suas instituições que, mesmo inchadas de pessoas, são ineficientes. É hora de apertar o cinto para reequilibrar as contas e caminhar por terras mais férteis daqui adiante.

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