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Editorial

Menos promessas, mais comprometimento

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Enfim, 2018. Michel Temer chega ao último ano de mandato com um ministério bem diferente daquele prometido quando ele assumiu o Planalto. Os “notáveis” deram espaço a políticos aliados, o número de pastas aumentou, ministros denunciados continuaram no cargo e líderes partidários foram trocados por parlamentares do “baixo clero”.

Tudo bem que o Brasil terminou 2017 melhor do que estava no fim de 2016. Ainda que os indicadores econômicos do ano não estejam fechados, já se sabe que a inflação será bem mais baixa que os 6,29% de 2016… Mas essa coisa de ficar prometendo isso e aquilo, vamos combinar, poderia ter fim!

Obviamente está ligada à tendência ao populismo, em que aqueles que estão no poder e têm intenção em se manter nele fazem acenos das mais variadas formas tentando agradar, dizendo que vão fazer e acontecer, mas, na ampla maioria das vezes, apenas proferem palavras ao vento, deixando a responsabilidade de lado, longe de agir como adulto e com os pés no chão.

A questão é: ou promete e cumpre, ou deixa pra lá. Enquanto não houver mudança de comportamento e evolução política o Brasil não atingirá a maturidade necessária para alcançar o desenvolvimento que precisa e merece.

Vamos buscar nós, cidadãos comuns, uma postura diferente dessa que estamos acostumados a ver na maioria dos políticos do nosso país. Não precisamos, como eles, prometer mundos e fundos para nossas vidas. Não precisamos deixar de prometer, claro, como muitos dos políticos deveriam deixar de fazer, apenas nos comprometer mais. Essa será a grande diferença.

Como muito bem aconselhou o papa Francisco na primeira missa do ano, podemos abandonar a bagagem inútil neste 2018, incluindo o que chamou de conversa vazia e consumismo banal, e se concentrar em construir um mundo pacífico e acolhedor. Parece difícil e utópico, é verdade. Mas é aquela história do trabalho formiguinha, cada um fazendo um pouco, cada um fazendo a sua parte. É, sim, um ponto de partida.

Quem sabe, como sugeriu o pontífice, para chegar ao essencial as pessoas deveriam deixar um momento de silêncio diário para estar com Deus. Se isso realmente for necessário para mantê-las menos corroídas às banalidades do consumismo e ao fluxo de palavras vazias, que assim seja.

Se pudermos deixar para trás – e isso vale também para os políticos e aqueles que pretendem ocupar o poder no futuro – tudo aquilo que não soma, não agrega, toda a bagagem inútil, seria perfeito para um recomeço, para o começo de um novo ciclo.

Seria importante se todos, indiferente de raça, partido ou religião, começassem pelas coisas que realmente importam. Olhando mais para si mesmas e para o próximo, sem muitas promessas e com mais comprometimento nas ações. Projetando boas energias, caminhando com mais foco e equilíbrio, colocando em prática atitudes positivas e cultivando bons sentimentos.

Então, mais ação e amor no coração. Quando plantamos boas sementes, colheremos bons frutos. É certo!

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