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Arno Kunzler

Momento mágico

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Milhares de pessoas pelo mundo afora registraram o momento que receberam a vacina contra a Covid-19.

Depois de um ano de muitas angústias, especialmente para as pessoas com mais de 60 anos e agora também as com menos, chegou um momento para comemorar ou, como escreveu o professor Tarcísio Vanderlinde, para se ajoelhar.

Sim, comemorar uma das mais relevantes conquistas da humanidade: a fabricação da vacina contra a Covid, cujas pesquisas, testes e processos de aprovação levaram um ano, tão somente um ano.

Mas também momento de se ajoelhar e agradecer a Deus, especialmente para quem, como eu, passou pela doença de forma bastante grave e hoje está vivo.

Só de lembrar que quase 330 mil brasileiros não resistiram, não tiveram a sorte da vacina em tempo de evitar o pior…

Esta semana tive o privilégio de viver essa experiência de uma vacina aguardada como uma criança aguarda o seu presente de Natal.

É como reconquistar algo que perdemos e que é muito precioso.

Não que uma vez vacinado estejamos livres de morrer ou até mesmo de contrair o vírus, mas as chances de sobreviver são infinitamente maiores do que antes.

Sinto que a vacina traz uma expectativa diferente, uma sensação de liberdade perdida.

Não é outra razão pela qual as pessoas fotografam-se sendo vacinadas, senão de externar esse sentimento.

Observando algumas fotos publicadas, percebe-se que são momentos de alegria contagiante, que envolvem familiares, amigos e pessoas próximas.

As fotos não precisam de legenda, não são retratos de dor nem de sofrimento, mas de alegria e otimismo no futuro espelhado no rosto de pessoas que carregam rugas provocadas pelo tempo, mas que hoje podem sorrir.

Mesmo para quem recebeu inúmeras vacinas contra doenças igualmente graves, jamais viveu e sentiu algo semelhante.

A vacina não é a salvação para todos os problemas da humanidade, mas é o melhor presente que a ciência poderia nos oferecer.

Respeitadas todas as opiniões contrárias ou diferentes, deixo aqui esse testemunho de quem acredita na vacina, na ciência e no bom senso.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

 

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