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Editorial

Na hora H

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A produção agrícola na região de Marechal Cândido Rondon (e no Brasil de maneira geral) vem quebrando recordes em volume de produção ao longo dos últimos anos. As duas safras, de milho no inverno e soja no verão, estão produzindo cada vez mais, graças à alta tecnologia empregada no campo, como a correção de solo, o uso de sementes híbridas e cultivares cada vez mais dedicadas a microrregiões, à utilização racional de defensivos agrícolas, à profissionalização do produtor e, é claro, à ajuda do clima.

E não está sendo diferente agora. Depois de quase três meses de quase nada de chuva, finalmente no fim de semana ela atingiu a região e molhou a terra seca das lavouras às vésperas de iniciar um novo plantio. Ainda esta semana as primeiras lavouras começam a ser implantadas na região Oeste do Paraná. Em Marechal Rondon, o plantio deve iniciar depois de amanhã, na quinta-feira (05). Com a terra molhada, agricultores parecem começar com o pé direito. É claro que não é em todo lugar que houve volume expressivo de chuva, mas a precipitação veio na hora derradeira do plantio. Caso não chovesse, poderia atrasar o plantio, as lavouras poderiam sofrer com questões climáticas e até a próxima safra de inverno poderia ser afetada, já que quanto mais tarde se planta a soja, mais tarde se planta e se colhe o milho, que pode sofrer com a época de geadas com plantio tardio.

Mas o cenário preocupante não se confirmou. A chuva afastou as primeiras de uma série de incertezas que o agricultor terá ao longo dos próximos três ou quatro meses. Até na hora da colheita muita coisa pode acontecer, seja em preços, chuvas, estiagens, mas essa chuva do fim de semana já é um alívio para quem investiu milhares de reais, ou até dezenas de milhares, em insumos, como sementes e fertilizantes.

É quase lugar comum, mas não é prudente esquecer que o agronegócio é a cadeia que movimenta grande parte dos recursos de Marechal Rondon e região. E toda essa cadeia passa, primordialmente, pela produção de grãos, responsável por compor os mais diferentes tipos de alimentos que se possa imaginar, seja na carne ou até no chicletes. Sim, tem milho até no chicletes.

Mas a vedete da vez é a soja, que deve cobrir a maior parte dos campos brasileiros. Depois de encerrado o vazio sanitário para conter a ferrugem asiática, a oleaginosa volta a pulsar no meio rural. A expectativa é de um bom ciclo e bons negócios ao término dele, com preços a patamares que possam garantir lucro às fazendas e às agroindústrias.

O Brasil precisa muito do agronegócio, setor responsável por manter a balança comercial brasileira no azul, além de gerar alimentos, impostos e centenas de milhares de empregos. E o plantio e a colheita da safra de verão podem ser um bom indicativo de como o setor vai se comportar nos próximos meses. Mais uma vez, o tempo parece ter colaborado para o produtor rural do Oeste do Paraná. Foi na hora H. Que seja assim por muito tempo para premiar as pessoas que fazem do agro brasileiro uma estrela mundial.

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