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Silvana Nardello Nasihgil

Não descaracterize sua essência para agradar aos outros

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Na vida tudo acontece bem assim…
Para muita gente, a falta de atenção nos detalhes da vida fazem com que experimentem sofrimentos que poderiam ser evitados.
Por medos de não estar agradando, por medo de perder as pessoas, por imaturidade emocional, carência, solidão, falta de resiliência, coragem de se posicionar, vai se permitindo que os outros conduzam o viver do jeito que for melhor para eles.
A culpa é deles? Não! A culpa é de quem permite aos outros tomarem posições em seu lugar quando se sentem fracos sem saber para onde ir.
Nem todo o amor do mundo justifica uma pessoa se descaracterizar, perder a sua essência para agradar os outros. Esse é um preço muito alto a ser pago. Além de se perder de si, de gota em gota a vida se encarrega de mostrar que a carga fica muito pesada e difícil de arrastar. Uma hora transborda. Do pior jeito, infelizmente.
Portanto, não é saudável que se viva só para os outros, que se escolha abandonar para suprir necessidades alheias, pois quando alguém doa demais de si, cria um déficit com potencial de o tornar inútil para a vida.
É necessário que se crie uma percepção mais ampla do próprio existir, incluindo desejos e sonhos. Quando fizer escolhas, que sejam as que possam preencher a vida, primeiramente com amor próprio, trazendo consigo o reconhecimento do próprio valor.
Partindo do velho princípio de que ninguém tem bola de cristal, o outro vai usando os espaços que lhe são permitidos, vai adentrando mais e mais quando sentir que não lhe foram delimitadas as fronteiras.
Sem medo algum fale de si, das coisas que lhe fazem bem e daquilo que lhe deixa desconfortável. O outro precisa saber em que terreno caminha para compreender o seu ritmo.
Não é preciso esperar o “copo” da vida transbordar de coisas ruins que trazem sofrimento para só então descobrir que se escolheu o caminho mais difícil. Na primeira gota é possível observar e, atentos, saber se vale a pena deixar o copo encher.
Agora, se for pra encher, que seja de coisas boas, de dias felizes, partilha da vida, compreensão, respeito, parceria, abraços, beijos, amizade, companheirismo e muito amor.
Então… deixa transbordar!!!

A autora é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)
silnn.adv@gmail.com

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