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Editorial

No fim, são só as escolhas

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A campanha eleitoral começou oficialmente ontem (16), com novas e importantes regras a serem seguidas. Neste ano, nada daqueles milhões de santinhos jogados nas ruas, nada de telemarketing, tampouco a distribuição de camisetas, bonés ou quaisquer outros brindes. No entanto, as redes sociais e os aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, são excelentes instrumentos para a divulgação das candidaturas e das propostas dos candidatos ou coligações.

Para a Presidência da República, concorrem 13 distintos candidatos. Lula, que está preso, deve dar lugar a um novo nome. Um deles, a partir de janeiro de 2019, vai ser o novo presidente brasileiro, responsável por dirigir a nação pelos próximos quatro anos, responsável por conduzir as políticas públicas e as relações do governo com a população, com as instituições e com a esfera internacional. Por isso, e muito mais, pense muito bem antes de escolher, se é que já não escolheu, seu candidato. Aliás, escolha, não seja comprado, iludido, não seja Maria vai com as outras.

A escolha de um candidato independe da sua posição nas pesquisas eleitorais, que provavelmente vão aparecer todos os dias daqui pra frente. Se fosse assim, seriam só dois ou três postulantes que “mereceriam” o voto. A mudança que o Brasil precisa deve começar, invariavelmente, por uma mudança de postura na hora de escolher o candidato, na hora de apertar o botão verde na urna. Se o brasileiro continuar a votar na mesma direção, certamente não vai colher as mudanças sociais e econômicas que tanto almeja.

Tem muita gente que gosta de determinado candidato, mas não vota nele com o pretexto de “jogar o voto fora porque ele não tem chances de ganhar”. Isso é um grande equívoco e uma tremenda irresponsabilidade. Vote em quem merece seu voto, não em quem você acha que vai ganhar. Eleição não é um jogo de cartas. Se seu candidato não for vitorioso, não quer dizer que você perdeu, quer dizer que o número de pessoas que pensam similarmente a você foi menor, foi insuficiente. Não desista de seu candidato, por mais improvável que seja sua eleição.

Desde ontem e até outubro, a campanha, os memes e as notícias falsas ou tendenciosas vão ganhar espaço nos smartphones, nos computadores, no rádio, na TV, nas ruas. É preciso prestar atenção nos candidatos, procurar aqueles que aparentem ser mais comprometidos, com capacidade e lealdade para conduzir uma das maiores economias do planeta, com responsabilidade para influenciar direta e indiretamente a vida de mais de 208 milhões de brasileiros.

A partir dessas eleições tudo muda no Brasil ou tudo fica mais ou menos como está. Cabe aos eleitores decidir o fim dessa história. Vale lembrar que o mesmo critério para escolher seu candidato à Presidência deve ser usado para os demais cargos nos níveis federal a estadual. Vote em quem você acredita, não em quem pode ganhar o pleito. Jogar o voto fora é votar em quem você não acredita, é votar naquele que lhe parece menos pior entre os dois da linha de frente. Há esperança, mas somente os eleitores podem decidir se a aceitam ou a ignoram. No fim, são só as escolhas.

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