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Editorial

Novas caras no agro

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O Show Rural Coopavel terminou na última sexta-feira (11), mas o agronegócio não para. No dia a dia, homens e mulheres acordam cedo no campo, tratam os animais, tiram o leite das vacas, avaliam a qualidade das lavouras, aplicam os defensivos necessários e fazem a lida diária em propriedades espalhadas por todo o Brasil.

Mas o produtor rural não é mais aquele capiau que Monteiro Lobato tratava em suas obras. Não é o Jeca Tatu, o homem de pouco estudo ou o colono no sentido mais pejorativo da palavra. Os homens e mulheres do campo, hoje, produzem com alta tecnologia, usufruem de equipamentos e técnicas de produção de alimentos de última geração, geram renda para suas famílias e para milhões de outras pessoas.

Mas o agronegócio vai muito além do campo. As propriedades rurais são apenas uma parte dessa cadeia tão importante para o Brasil e para o mundo. Empresas de insumos, como rações, aditivos alimentares, remédios para os animais e defensivos agrícolas, fabricantes e revendedoras de equipamentos e implementos, uma série de instituições que são dedicadas a mover esse setor produtivo.

Mais recentemente, novas carinhas começaram a ser incorporadas no agronegócio. Programadores, engenheiros de computação, profissionais de tecnologia da informação e tantos outros estão cada vez mais usando seus conhecimentos para propor soluções que o agro precisa. No Show Rural deste ano ficou muito claro que essas empresas inovadoras, que usam alta tecnologia em seus produtos e serviços, estão cada vez mais inseridas no agronegócio brasileiro.

Em um espaço no Show Rural Digital, dezenas dessas empresas inovadoras estiveram lado a lado, oferecendo suas soluções para as demandas do setor. Tinha de tudo um pouco. Sistemas inteligentes que detectam se o motorista está com sono, drones para pulverizar plantações, softwares que ajudam a controlar a temperatura do leite durante a viagem da propriedade rural até a indústria, aplicativos que ajudam a controlar a quantidade de ração dada aos peixes, entre tantas outras.

Toda essa modernidade que está chegando ao campo é feita por profissionais que até algum tempo atrás pouco ouvia se falar ou sequer existiam. E a tendência é que, cada vez mais, essas novas tecnologias, e consequentemente novos profissionais, passem a atuar em favor do agro. É uma tendência sem volta. É bom para quem consegue ingressar no mercado de trabalho ou desenvolver um produto, mas é bom especialmente para o agronegócio.

Quanto mais gente dedicada a esse importante setor da economia do Brasil, melhor. Melhor ainda quando se tem gente nova, de sangue novo, com novas ideias, novas maneiras de trabalhar e encarar as coisas. Quanto mais pessoas se somarem ao agronegócio, quanto mais profissionais dedicarem seus esforços para solucionar os gargalos enfrentados, mais frutos serão colhidos por todo o país.

O agronegócio tem se renovado muito nas últimas décadas. Talvez a capacidade de se reinventar é que tornou o agro brasileiro essa potência mundial. Pelo que se vê, essas mudanças, essas evoluções e essas novas caras entrando no agro não têm data para acabar.

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