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Editorial

Novos hábitos, novas rotinas

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O estado de emergência decretado ontem (19) pelo Governo do Paraná era uma questão de tempo. O governador Ratinho Junior decretou também que uma série de estabelecimentos comercias passem a fechar as portas nos próximos dias. É um mal que se faz necessário – repetido em vários outros Estados – para enfrentar a pandemia de coronavírus, que tem parado as atividades econômicas e sociais ao redor do planeta. Ainda ontem, o governo federal anunciou o fechamento de todas as fronteiras terrestres do Brasil, exceto para cargas e comércio entre os países vizinhos.

O mundo todo está vivenciando novas experiências com a expansão desse vírus. A rotina de países inteiros mudou e continua a mudar. A cada novo dia, mais restrições são impostas por vários países para tentar conter e minimizar os efeitos que essa pandemia pode causar.

A Itália, país que superou a China em número de mortes (mais de 3,4 mil), chocou o mundo ontem com imagens de caminhões do Exército transportando centenas de caixões para serem cremados em cidades vizinhas, pois os crematórios locais não venciam a necessidade. A cada dia, as novas informações e restrições deixam a comunidade mundial mais assustada.

Mas não é hora para pânico, definitivamente e pelo contrário. A hora é de agir com responsabilidade, de agir de acordo com os protocolos sanitários e sociais que têm dado resultados satisfatórios, se é que assim pode-se dizer.

Novos hábitos passam também a serem incorporados a todos os paranaenses. O trabalho em casa é uma realidade já consolidada. O cancelamento de eventos e atividades sociais é regra de ouro. Evitar aglomerações e até o contato entre as pessoas é fundamental. Isolar radicalmente os idosos e pessoas com imunossupressão é dever inquestionável. Lavar as mãos de forma correta, como quase ninguém fazia antes, é atitude a ser feita várias vezes ao dia. O termo álcool em gel não sai da boca das pessoas. Seu uso deve ser constante. Tossir e espirrar no cotovelo, esse, sim, precisa de mais treinamento.

Restaurantes e bares começam a ser fechados. Em pouco tempo, possivelmente só supermercados, postos de combustíveis, farmácias e estabelecimentos ligados à saúde devem estar atendendo o público. Assim já acontece em alguns Estados, como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Toda essa mobilização tem um sentido: aumentar a curva de infecção para que o pico não ultrapasse os recursos já tão limitados do sistema público de saúde brasileiro, o SUS.

As mudanças são drásticas, a rotina vai ganhando novos rumos aos poucos e novos hábitos estão sendo incorporados no dia a dia das pessoas. É hora de uma mobilização em massa, não de desespero, mas de atitudes corretas que possam diminuir os efeitos que o coronavírus vai trazer ao país.

A economia vai encolher, muitas empresas poderão enfrentar dificuldades e talvez muitas pessoas percam seus empregos. Mas a luta agora não é por dinheiro, mas, sim, pela saúde e pela vida da população brasileira e mundial.

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