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Editorial

Novos rumos

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Importantes reuniões começaram a ser feitas, nesta semana, tendo em pauta assuntos que podem redefinir os rumos da região Oeste do Paraná e outros municípios do Estado vizinho Mato Grosso do Sul e do Paraguai. As audiências públicas para apresentar à população a Nova Ferroeste passaram por Guaíra na quarta-feira (18) e seguiram ontem (19) para Cascavel, onde representantes de várias cidades da região se reuniram para saber mais detalhes do projeto.

Mais que saber sobre detalhes, as audiências públicas são instrumentos democráticos, que permitem ao cidadão se expressar, dar opinião sobre determinados assuntos. Melhorias podem ser feitas no projeto inicial a partir dessas manifestações populares e que, muitas vezes, são capitaneadas por lideranças políticas e empresariais.

As audiências públicas que estão sendo feitas sobre a Nova Ferroeste devem envolver pessoas de aproximadamente 50 cidades que serão diretamente influenciadas por esse novo traçado, que deve ser ampliado de Cascavel para Guaíra, mas também até Maracaju, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Além disso, melhorias estão previstas para o trecho hoje existente, entre Cascavel e Paranaguá. O objeto não é só ampliar a capacidade de transporte pelos trilhos, aumentando a atuação da Ferroeste em território nacional, mas também agilizar esse transporte, fazer com que ele seja mais seguro, rápido, eficiente e, portanto, mais barato.

O governo brasileiro não sinaliza que vai construir, tampouco parece ter dinheiro. Portanto, a Nova Ferroeste depende exclusivamente de investimento do setor privado. A ideia é que o projeto seja levado a leilão na Bolsa de Valores já no segundo semestre.

Se tudo der certo, a partir do fim deste ano ou início de 2023 as obras do novo traçado começam a fazer parte da paisagem no Oeste paranaense. Com um projeto bem claro, com objetivos específicos e, lógico, dinheiro à disposição, fica mais fácil para que as obras comecem e terminem de forma organizada, sem demoras desnecessárias e que são comuns a projetos públicos no Brasil.

A partir do momento em que ficar pronta e começar a operar, os trens da Nova Ferroeste vão levar ao Porto de Paranaguá uma quantidade imensa de milho, soja e carnes, especialmente as carnes suína e de frango produzidas na região, um dos maiores polos dessas proteínas no mundo. Isso vai melhorar, e muito, a competitividade das empresas instaladas, com redução do custo dos fretes e agilidade no transporte.

Mas os benefícios não são apenas financeiros. A Nova Ferroeste vai tornar a região mais moderna, vai melhorar a segurança nas estradas, uma vez que milhares de carretas deixarão de circular por longas distâncias, favorecendo pequenos deslocamentos por via rodoviária. Vai também gerar empregos e renda para as famílias e para os municípios.

São muitos os benefícios que a Nova Ferroeste vai trazer para a região. Um sonho antigo que beirava a utopia parece estar se tornando a nova realidade. São novos rumos.

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