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Editorial

O assunto da vez

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Sempre há um assunto da vez.

Quando não é isso, é aquilo.

Nem sempre a coisa é positiva. Ou melhor, quase sempre, vamos dizer, preocupa, incomoda e por aí vai.

Razão que se justifica. Ou seja, se não sai da boca do povo é porque tem “peso”.

Foi assim com os valores da carne bovina, que há tempos atingiram patamares desconfortáveis ao bolso do consumidor. E não melhoraram.

O tempo passou e está cada vez mais “salgado” escolher a carne da semana. Quem dirá o churrasco do fim de semana!

A esperança é sempre de que as coisas vão melhorar. Mas nem sempre é isso que acontece.

Por exemplo, a suspensão da compra de carne bovina brasileira pela China fez a exportação dessa proteína despencar 43% em outubro, mês em que o valor médio da tonelada caiu 8% em relação a setembro. Mesmo assim, o preço da carne está 26% mais caro do que em outubro de 2020.

Não há o que não esteja caro. É olhar para os valores dos produtos nas prateleiras dos supermercados e perceber que está tudo de assustar.

Nos corredores, nas seções das frutas e verduras, na fila da carne o burburinho é um só: meu Deus, onde os preços foram parar?

Mas o zoom zoom dos mercados tem dado uma breve trégua. Agora, em casa, nas rodas de amigos ou no trabalho, o assunto da vez é a disparada do preço dos combustíveis.

Bem-humorado, o brasileiro tenta tirar de letra, fazer piada, mas não tem jeito, a graça termina quando chega a hora de ir ao posto de combustível. Álcool, gasolina? Já não sabemos mais o que compensa. Compensa mesmo é diminuir os deslocamentos, andar de bike, caminhar.

Dirigir automóveis tem se tornado um dilema. Fato é que, para driblar os constantes reajustes dos combustíveis, tem muita gente revendo conceitos, fazendo contas, ajustando o orçamento. Ou seja, buscando meios alternativos de economizar.

Nessa onda, há quem esteja trocando o carro por modelos mais interessantes, como motocicletas e motonetas elétricas, que, além de ajudar no orçamento familiar, exigem menos gastos e têm baixo custo de manutenção.

Cada um tem buscado caminhos, porque comer, cozinhar e dirigir estão estourando o bolso do consumidor.

Estamos chegando ao final de mais um ano, cansados!

Cansa ver a Petrobras fazer os reajustes e se defender que o valor que ela cobra é “x”, mas não tem culpa dele chegar em forma de “y” ao cidadão.

Cansa ver um governo jogando a culpa no outro.

Cansa ver as autoridades negando uma inflação que a cada dia dá mostras que não vai embora tão cedo.

Não vamos desistir, mas estamos cansados. A pandemia foi desgastante, a economia está preocupante. E sabemos que teremos muitos meses difíceis pela frente.

Qual será o próximo assunto da vez?

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