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Editorial

O começo do fim

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Há dois anos quem imaginaria que a humanidade fosse passar por uma pandemia. Mal se sabiam expressões, como quarentena ou mesmo pandemia. Lá no começo, em março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente, a maioria pensava que seriam apenas alguns dias, que se isolar em casa resolveria o problema, que em poucas semanas tudo se estabilizaria.

À medida que a pandemia foi avançando, fomos descobrindo mais sobre ela. Logo ficou claro que não seria uma situação fácil de controlar. Veio o primeiro pico, em meados do ano passado. Mortes, hospitais lotados, comerciantes, prestadores de serviços e até as indústrias foram obrigados a fechar as portas. Ainda não havia vacina. O medo era comum a praticamente toda a população.

Os casos começaram a cair. Parecia que estávamos vencendo a guerra contra a Covid-19. Mas em dezembro de 2020 o Brasil experimentou o gosto amargo de um novo pico, desta vez muito maior, muito mais agressivo. O ano de 2021 começou com o caos. Faltavam leitos nos hospitais, oxigênio para os pacientes e o Brasil passou a assistir alguns países começarem a vacinação.

Passadas algumas semanas, as primeiras doses de esperança desembarcavam no Brasil. Nos meses seguintes, a vacinação começou a ser em massa, reduzindo drasticamente os números alarmantes e tristes impostos pelo coronavírus. Hoje, em todo o país, a situação é bem melhor. Os números de casos e mortes estão caindo sistematicamente.

Ontem (28), o município de Marechal Cândido Rondon publicou um novo decreto, que desamarra o tão inconveniente, mas necessário, distanciamento social, liberando atividades econômicas até mesmo de madrugada.

Apesar de ainda ser necessária atenção aos cuidados, como uso de máscara e higienização das mãos, as aglomerações, como shows e festas, já estão liberadas.

Os colégios voltaram com o ensino regular, presencial, com todos os alunos dentro da sala de aula.

Pode-se dizer que o Brasil chegou ao começo do fim da pandemia. Com a vacinação em ampla parte da população, e evoluindo, a sociedade tem a certeza que não vai passar por uma terceira onda, pelo menos não tão grave quanto as duas primeiras. Só esse fato traz um alívio, um conforto que não se sentia desde o princípio de tudo isso.

Ainda terão muitos capítulos e muitos desdobramentos dessa pandemia. Muitos setores vão demorar mais de anos para se recuperar. Outros não terão como recuperar o que foi perdido. Mas, aos poucos, o Brasil vai voltando ao seu ritmo, voltando ao que era antes, ou quase isso.

Mais de 600 mil pessoas perderam a vida para a Covid-19 no Brasil. Outras milhões foram infectadas pelo vírus e, muitas, sofrem até hoje as consequências dessa doença. Famílias estão em luto. Histórias foram abreviadas.

Quem passou por tudo isso e chegou até aqui pode se considerar um vencedor. Novos caminhos surgem para uma humanidade que nunca imaginaria passar o que está passando. Mas… está passando. Estamos no começo do fim. Quem sabe, um dia, teremos um ponto final nessa dura jornada. Só o tempo dirá.

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