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Elio Migliorança

O DRAGÃO VERMELHO

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Esta não é uma história de ficção para crianças. É o grito de alerta em defesa do futuro do povo brasileiro. O decreto nº 8243, de 23 de maio de 2014, da Presidência da República, instituiu a Política Nacional de Participação Social e o Sistema Nacional de Participação Social, tentando mudar a ordem constitucional, colocando em risco o regime democrático e nos colocando no caminho do bolivarismo e da ditadura cubana. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) enviou documento aos 25 mil agricultores associados alertando para a gravidade do decreto e para as consequências funestas no futuro. A ideia parece boa, pois cria um sistema para que a sociedade participe dos órgãos da administração pública federal através de conselhos, comissões, conferências e ouvidorias. Quem nos representa no regime democrático é o Legislativo, mas quando o decreto for colocado em prática nossos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores poderão ir para casa, pois serão descartados, visto que tudo será decidido via movimentos sociais. Nas questões de terras terão que ser ouvidos e terão poder de decisão o Movimento dos Sem Terra (MST) e os índios via Fundação Nacional do Índio (Funai). Nas questões urbanas deverá ser ouvido o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e assim por diante. Foi assim em 1917 na Revolução Russa, transformada em União Soviética, pois os “sovietes” nada mais eram do que esses conselhos que detinham o poder de decisão em todas as demandas envolvendo a sociedade. E atentem para o detalhe sutil, mas estratégico, que esta participação está garantida a todos os movimentos institucionalizados ou não, suas redes e organizações, colocando tudo sob controle da Secretaria Geral da Presidência da República, que hoje faz a articulação com estes grupos. Surge assim a suspeita de que os tumultos durante as manifestações, especialmente os “black blocs”, mascarados responsáveis pela quebradeira, tenha sido orquestrado para criar insegurança, desacreditar as instituições e assim abrir caminho para medidas extremas que podem nos conduzir para a escuridão institucional. O decreto nº 8.243 de Dilma Rousseff é considerado por especialistas como uma das maiores barbaridades jurídicas já cometidas. Ele representa a mais ousada execução do “socialismo democrático” defendido pelos radicais para transformar o Brasil numa Venezuela, Bolívia ou na mais clara ditadura, como Cuba. Ele busca deslegitimar as instituições, em especial o Legislativo, e enxovalha a Constituição. Recordo neste momento a história contada por meu mestre Dom Severino em 1984, quando andávamos pelas ruas da cidade de Zaláapati, interior da Hungria, relatando como foi implantado o comunismo no seu país, após a 2ª Guerra Mundial, quando a Hungria passou a pertencer à União Soviética. Passo a passo, com medidas aparentemente inofensivas, mas avançando sem que o povo percebesse onde queriam chegar. Como ele percebeu as más intenções e denunciou o avanço do comunismo, foi decretada sua prisão, mas ele conseguiu fugir antes e por isso veio ao Brasil e mais tarde a Nova Santa Rosa. A gravidade do momento exige que todos os cidadãos de bem se levantem e juntos vamos defender o direito e a liberdade, garantindo assim o futuro das próximas gerações. Este decreto precisa ser sepultado. 
* O autor é professor em Nova Santa Rosa
miglioranza@opcaonet.com.br

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