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Editorial

O fim do Facebook

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Se reinventar não é somente uma expressão bonita para ser usada quando algo ou alguém se propõe a fazer mudanças, seja na vida pessoal, profissional ou mesmo na vida de uma empresa. Se reinventar é uma questão de necessidade.
Antigamente, velhas fórmulas davam certo por muito tempo. Você produzia ventiladores, vendia uma única vez para um cliente, que usava ele por 30 anos e, depois desse tempo, comprava um novo ventilador. E dava certo em meados do século passado. As empresas pouco inovavam ou demoravam muito (aos olhos dos dias de hoje) a inovar. Eram os mesmos produtos, os mesmos serviços, e tudo funcionava.
Hoje é impensável uma empresa não inovar, não mudar, não se reinventar. Nem as mais poderosas empresas do mundo se dão ao luxo de não inovar. Certamente o co-fundador do Facebook, a rede social mais acessada do mundo, e maior acionista da Meta, empresa que detém outras duas grandes redes sociais (WhatsApp e Instagram), Mark Zuckerberg, está pensando em inovar.
O tempo todo, mas ainda mais agora, depois que ele perdeu nada menos que US$ 29 bilhões no dia de ontem (03). O relatório da empresa mostrou que no último trimestre houve uma queda de usuários ativos no Facebook, causando um rombo no valor da empresa. Pela primeira vez desde que foi lançado, o Facebook perdeu clientes.
O próprio Zuckerberg admite que hoje existem muitas redes sociais, como o Tik Tok por exemplo, para que os usuários gastem seu tempo. Com mais concorrência, o poderoso Facebook precisa melhorar. Ele admite que os vídeos curtos do Tik Tok ou mesmo de suas redes, como os Reels do Instagram, ganharam o gosto das pessoas.
Se nem o Facebook pode ficar parado para não ser engolido pela concorrência, imagine na “vida real”, na empresa familiar, na mercearia do bairro, na agropecuária, na escola privada. Não há lugar onde as mudanças não se fazem necessárias. Mudar não é uma questão de opção, é uma questão de necessidade. Ou muda ou está fora do jogo.
A pandemia acelerou algumas mudanças que já estavam em curso, mas as mudanças que observamos nos últimos dois anos são apenas a ponta do iceberg que vamos encontrar daqui para frente.
O mundo está mudando mais rápido do que nunca. O que era infalível ontem pode não ser amanhã. O que deu certo até agora pode não agradar mais nos próximos anos. Isso para o Facebook ou para qualquer empresa ao redor do planeta. Por conta disso, setores como de desenvolvimento de novos produtos e de inovação vão ser cada vez mais importantes dentro das empresas.
As mudanças podem ser profundas ou apenas superficiais, desde que contemplem o que o mercado quer. Podem ser sutis ou bruscas, onerosas ou sem custo algum. Mudar é preciso. Saber quando mudar e para onde ir depois da mudança é algo que já deve nascer com as novas empresas. A reinvenção é uma obrigação. Claro que não é o fim do Facebook, mas não mude para ver.

O mundo está mudando mais rápido do que nunca. O que era infalível ontem pode não ser amanhã

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