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Editorial

O hub logístico

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O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, tem batido na tecla de que quer transformar o Estado em um hub logístico da América do Sul, uma espécie de ponto obrigatório para passagem de cargas e pessoas nas vias terrestre, seja por estradas ou trilhos, aérea e marítima. Localizado em um ponto privilegiado que permite acessos aos principais centros consumidores e produtores do Brasil e do Mercosul, no Paraná estão sendo dados os primeiros passos para tornar o Estado uma grande central logística. A projeção é de investimentos bilionários.

Para os próximos 30 anos estão projetadas novas concessões rodoviárias, que preveem 1,7 mil quilômetros de rodovias duplicadas nos primeiros anos de contrato; um novo traçado férreo de 1.285 quilômetros ligando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá; e os investimentos do próprio porto para atender a demanda ferroviária.

Ainda no início do mês, importantes passos foram dados nas questões aéreas. Quatro aeroportos do Paraná foram levados a leilão para garantir investimentos, como a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena.

A segunda ponte em Foz do Iguaçu ligando o Brasil ao Paraguai, a construção do contorno e da nova ponte em Guaíra e do Contorno Oeste em Cascavel, os investimentos em um novo moegão para o Porto de Paranaguá também são motivos para acreditar nesse projeto.

A infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Os investidores não têm interesse em colocar dinheiro em uma região que não tem logística. Ao contrário, investem onde a produção pode ser escoada. E isso vai ficar cada vez mais evidente. Com o crescente aumento do comércio eletrônico, entregas de mercadorias vão depender cada vez mais de boas estradas, boas conexões, terminais de carga, centros de distribuição, transportadoras etc.

Mas além dos megaprojetos, é preciso investir pesado nas demandas mais urgentes, como as estradas estaduais, que ligam municípios pelo interior. É preciso também investir nas estradas rurais para que o lucro das atividades agropecuárias não seja diluído a partir dos primeiros metros depois da porteira. Ainda, solucionar com eficiência o problema dos pedágios do Estado, que figuram entre os mais caros do país. Para quem deseja ser um hub logístico, o básico é oferecer condições de trafegabilidade a um custo acessível, justo e que não afugente investimentos.

É muito bom ter metas ambiciosas, a longo prazo, que possam servir de base para a economia nos próximos anos. É bom ter projetos que possam trazer desenvolvimento e reduzir os custos, seja para quem produz, seja para quem mora no Estado. Mas, o mais importante é tocar esses projetos adiante, criar parcerias, buscar investimentos, executar, não deixar de trabalhar um só dia. As coisas não precisam demorar tanto tempo para acontecer. O Paraná tem tudo para ser um hub logístico da América do Sul. Os primeiros passos começam a ser dados.

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