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Editorial

O novo Oeste

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Não. Esse editorial não tem nada a ver com o novo normal que tanto se tem ouvido falar para o pós-pandemia. Tem relação com grandes investimentos que estão sendo feitos na região, especialmente com a participação da Itaipu Binacional. A nova gestão da usina tem apoiado importantes obras estruturantes para o Oeste, como a duplicação da rodovia que liga o centro de Foz do Iguaçu ao aeroporto, a construção da segunda ponte interligando Brasil e Paraguai, também em solo iguaçuense e a ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Em cinco anos, quase R$ 1 bilhão será investido pela binacional no Oeste do Estado – começando em 2019, incluindo R$ 140 milhões para a construção da Perimetral Leste, que vai conectar a nova ponte à BR-277.

Convênios para uma série de obras estão previstos para assinatura em setembro, entre elas a duplicação de 8,7 quilômetros da BR-469 (Rodovia das Cataratas). Entre esses convênios há boa notícia agora para o lado de cá. A Ponte Ayrton Senna, que liga Paraná ao Mato Grosso do Sul e dá acesso a Salto del Guairá, no país vizinho, vai receber R$ 22 milhões em uma parceria feita entre a gigante da energia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Ao todo, 60% do recurso sairá dos cofres da Itaipu.

Itaipu está bancando a construção da Delegacia da Mulher, do Turista e Instituto de Identificação, em Foz do Iguaçu, além de estabelecer tratativas já adiantadas para reformas em diversas delegacias da região Oeste do Paraná. A parceria com o governo estadual prevê o apoio à implantação de quatro escolas cívico-militares em Foz, Rolândia e Cascavel (duas). Há ainda convênios nas áreas ambiental, como a preservação e recuperação de rios, de mobilidade, como a construção de ciclovias, e de saúde, como a ampliação de um importante hospital e recursos imediatos para o combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.

A história do Oeste se confunde com a Itaipu. Ela não só moldou novos limites territoriais após o represamento, mas tem ajudado a moldar a própria infraestrutura da região. Além de seus royalties, importantíssimos para os municípios alagados, além da energia que alimenta boa parte das casas brasileiras, tem colaborado com “recursos extras” em convênios de muita relevância para toda a população paranaense, brasileira e paraguaia.

A reforma e revitalização da Ponte Ayrton Senna, incluindo a troca de toda a iluminação, vai dar mais segurança para quem transita pela região. Resta saber quando a região vai voltar ao normal, se é que isso será possível, já que boa parte da vida em Guaíra e Salto del Guairá depende do comércio bilateral. Com as fronteiras ainda fechadas, muitas lojas na cidade do lado de lá fecharam as portas e muitas pessoas se mudaram para outras regiões do país.

Itaipu vem se tornando a principal entidade para investimentos robustos no Oeste do Paraná. Com sua geração continuada de energia, seu caixa vultuoso e capilaridade na aplicação de dinheiro, está transformando a região e ajudando a suprir as demandas que teimavam em não sair do papel.

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