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Editorial

O que vem por aí?

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O presidente Jair Bolsonaro vem ao Paraná hoje (26), onde cumpre seu primeiro compromisso programado fora de Brasília desde que assumiu o cargo. Antes dessa agenda administrativa no Estado, ele havia saído da Capital federal apenas para ir a Minas Gerais, em caráter de emergência, por causa do desastre de Brumadinho, e também havia se dirigido a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial.

E ele não vem para pouca coisa. Vem para a posse do novo comando da poderosa Itaipu Binacional. É para isso que estará nesta manhã em Foz do Iguaçu.

Há toda uma expectativa para a ocasião. Segurança reforçada, empregados dispensados do trabalho e atrativos turísticos com atendimento suspenso. Ou seja, dia de mudança na habitual rotina de quem trabalha na maior usina do mundo em geração de energia. Tudo para receber o presidente e sua comitiva.

O escolhido de Bolsonaro para dirigir Itaipu não fugiu da maioria das outras nomeações. É um general: Joaquim Luna e Silva.

Ex-ministro da Defesa e general de Exército da reserva, Silva e Luna é o terceiro diretor com formação militar a ficar à frente da condução do lado brasileiro da empresa.

O cargo é estratégico e requer uma boa bagagem, e Luna e Silva parece ter essa bagagem. Ao menos garante que tem. Mais do que isso, parece ter vasta experiência em planejamento estratégico, orçamento e gestão de projetos.

Ainda assim, vai precisar também de jogo de cintura e pulso firme, pois vai comandar o lado brasileiro em um momento relevante para a binacional, às vésperas da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras e vence em 2023.

Outro desafio que terá é dar continuidade ao processo de atualização tecnológica das unidades geradoras da usina.

Mas se a Luna e Silva sobram desafios junto à Itaipu, às lideranças regionais, principalmente os prefeitos dos municípios lindeiros, restam expectativas. Neste momento de transição há uma série de dúvidas em relação ao novo comando da Itaipu.

Cada gestão tem a sua marca, é fato. E todos os gestores regionais sabem que a mudança no governo federal pode representar também uma mudança de postura por parte da usina. Como já aconteceu em algumas áreas, alguns setores estratégicos, em alguns ministérios e assim por diante, pode ocorrer, sim, uma nova forma de gestão. Então, há uma certa apreensão sobre o que vai acontecer daqui para a frente. Será que o novo comando vai focar tão somente em produção de energia e deixar de lado o olhar aprofundado e especial para os municípios oestinos, principalmente os lindeiros, é a pergunta que não quer calar.

O comando da binacional vai manter a linha de trabalho vivenciada até aqui ou vai radicalizar e ser totalmente diferente da era PT e Temer?

Haverá avanços? Os projetos serão mantidos? Terá a nova gestão disposição para bem atender os prefeitos e suas demandas? Contratos assinados serão mantidos?

São muitas as dúvidas que permeiam o cenário regional nesse momento. Os prefeitos, mais do que ninguém, sabem o quanto a parceria da Itaipu já fez e continua fazendo a diferença na região.

É o apoio fundamental e certeiro que proporcionou significativo desenvolvimento.

O discurso de Luna e Silva, o novo general da Itaipu, hoje, pode dar pistas do que vem por aí. Portanto, ouvidos antenados!

 

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