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Pastor Mário Hort

O terrorista das águas do Mar Morto – 3ª parte

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Nosso grupo aproveitou a experiência de um banho no Mar Morto e logo visitou a cidade de Jericó, distante apenas oito quilômetros do mar. Fomos recebidos pela senhora Jessica, a diretora de uma creche cristã da cidade.

Jericó já comemorou seus dez mil anos de fundação e possui histórias inéditas, desde o dia quando o povo de Israel marchou em volta dos muros da antiga cidade, durante sete dias e no sétimo dia, sete vezes. “Assim que o povo ouviu o som das buzinas e deu um grande grito de guerra, a muralha caiu por terra” (Josué 6:20).

Atualmente Jericó pertence à Cisjordânia, no meio dos conflitos entre palestinos e israelenses, numa região tumultuada. Foi perigoso entrar nesta cidade, onde visitamos a creche fundada por Tass Saada, que, em sua juventude, foi motorista e atirador de elite de Yasser Arafat, porém mais tarde mudou-se para os Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, ele foi amigo de um pastor evangélico por 20 anos, conforme nos relatou Jessica, e após duas décadas, Tass perguntou ao seu amigo pastor: “O que significa que Jesus veio para salvar o seu povo dos pecados?”.

O pastor respondeu: “Senhor Saada, durante 20 anos eu espero por essa sua pergunta”.

Então o pastor lhe explicou o caminho para a Salvação em Jesus Cristo, pelo novo nascimento e a conversão, e Tass aceitou a graça em Jesus Cristo, abraçou o caminho da fé e testemunhou para todos os seus filhos, para os quais ele tinha medo de confessar sua fé cristã. Contudo, os filhos lhe informaram que já há muito tempo pertencem a Jesus e que estavam orando pela decisão do pai.

Quando o senhor Saada testemunhou de sua fé em Jesus aos seus pais, que residiam no Egito, eles o ameaçaram de morte. Entretanto, Tass firmou-se ainda mais no caminho de Deus e decidiu ajudar o seu povo em Jericó, onde iniciou um trabalho missionário implantando uma creche, que serve também para adolescentes e jovens, e ele procura fundar um colégio cristão.

Quando Jessica nos relatou a história, seu filho de cinco anos de idade estava ao seu lado, e de repente solicitou que o filho fosse brincar fora para nos relatar o assunto mais assustador que o filho não poderia ouvir.

O filho está prestes a ingressar na escola pública, onde os professores têm o direito de castigar e até açoitar as crianças.

Essa é uma das razões porque Tass Saada deseja implantar um colégio particular, para dar lugar às crianças dos 400 cristãos que residem em Jericó.

O senhor Tass quando jovem vivia com ódio e fome de matar os inimigos da Jordânia, pois ele bebia das águas do “mar morto”. Quando ele encontrou a resposta para sua pergunta, que o pastor lhe deu, ele conheceu as águas do “Rio Jordão” e bebeu da água de Jesus.

Essa é a diferença entre alguém que vive das águas do “mar morto” e aquele que tomou da água do Rio Jordão.

Os morros do Rio de Janeiro e todas as favelas poderiam ter outras histórias se os seus habitantes não bebessem das águas do “mar morto”, que lhes traz morte e o inferno de fogo e enxofre para seus barracos.

 

Mário Hort, o autor é pastor da Igreja de Deus no Brasil em Marechal Cândido Rondon

ecosdaliberdade@yahoo.com.br

 

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