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Editorial

O valor que a roça tem

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Os resultados preliminares do Valor Bruto da Produção (VBP), levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, apontam uma estimativa de R$ 89,6 bilhões em 2018. Isso é o valor combinado da agricultura e da pecuária paranaense em 2018. Neste ano, o Paraná deverá ultrapassar os R$ 90 bilhões.

Toda essa dinheirama é fruto do agronegócio, seja na roça ou na agroindústria, seja no cultivo da terra, seja na criação de animais. As estrelas continuam sendo a soja e o milho, seguidas pela produção de carne de frango e suína, mas outros tantos produtos estão inseridos nesse cálculo, como a produção de frutas, verduras, mandioca e até de madeira.

A região Oeste do Paraná é novamente a responsável por grande parte desses recursos. Marechal Cândido Rondon está entre as cidades que mais contribuíram para este VBP de 2018, haja vista sua imensa contribuição com as maiores produções de carne, leite e grãos.

Em outras cidades da região a situação é semelhante, mas em algumas delas um item dessa lista vem ganhando destaque: o peixe, mais precisamente a tilápia. Não é uma novidade que ela vem ganhando espaço, especialmente com os investimentos que a cooperativa C.Vale fez em seu moderno frigorífico para abate do pescado.

Nos últimos anos, a cadeia do peixe vem ganhando corpo, crescendo muito acima da média das outras cadeias e tornando a tilápia mais uma fonte de renda para os produtores, mais uma opção para a agroindústria, mais impostos para os governos, aumento do VBP e mais uma fonte de alimento seguro, saudável e saboroso.

Que o diga o município de Maripá, onde produtores se especializaram na atividade e hoje protagonizam o maior polo produtor do Brasil. A tilápia está em muitas propriedades rurais gerando emprego e renda, mas também gera emprego na indústria e com os fornecedores de máquinas e outros insumos. A atividade está reformulando o agronegócio na região, ampliando o leque de atuação do agro.

Não por menos que Maripá tem o peixe como um dos protagonistas de sua festa – junto com as orquídeas -, que acontece a partir de hoje (23) até domingo (25). Maripá deve receber mais de 50 mil pessoas nesses três dias, o que é mais ou menos o equivalente a dez vezes o número de habitantes. A atividade que começou a ser desenvolvida há cerca de 20 anos hoje é um dos pilares da economia municipal.

Em setembro, acontece em Foz do Iguaçu um congresso internacional sobre piscicultura, que vai reunir produtores, indústria e estudiosos em debates e uma feira de negócios. É uma nova estrela do agronegócio dizendo “olá, cheguei para ficar”.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária do Paraná só demonstra a importância que o agronegócio tem. São inúmeras frentes de trabalho que culminam com a geração de alimentos e riquezas extraídas do campo por pessoas cada vez mais especialistas em produzir mais, com menos recursos, em menos tempo. São apenas números, mas mostram a importância que a roça tem.

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