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Editorial

Otimismo e cautela nunca são demais

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Todo fim de dezembro, costumeiramente, fazemos um balanço do ano. E isso vale tanto para os acontecimentos gerais, quanto para os feitos profissionais e pessoais.

É um momento de reflexão fundamental para analisarmos o que aconteceu em relação ao mundo ao nosso redor e ao que vivemos. É uma oportunidade de vermos como está caminhando a humanidade e como nós estamos no meio desse caminho.

Em dois mil e vinte e um, assim como foi em 2020, tivemos um elemento a mais neste contexto. Por sinal, um elemento que respingou em cheio na nossa rotina e, automaticamente, nas nossas análises. Sim, a pandemia mudou e segue mudando muitas coisas.

Ela nos atingiu de várias formas. Não podemos dizer que ficamos no mesmo barco, afinal, cada um, dentro da sua particularidade, sentiu os reflexos e as consequências desse “tsunami”.

Foi um ano marcado por acontecimentos que nos causaram tristeza e revolta, mas que também trouxeram esperança e aprendizado.

Foram muitas lutas e muitos precisaram se reinventar para viver e sobreviver.

Desde o começo da pandemia, mais de 600 mil vidas brasileiras foram perdidas para a Covid-19. Por outro lado, grande parte da população mostrou que apoia a ciência e abraçou a campanha de vacinação. Assim, o Brasil chega ao fim de 2021 com a marca de mais de 140 milhões de pessoas totalmente imunizadas e com os índices da doença em declínio em todo o país.

Sinal que a esperança que permaneceu viva nos vários momentos difíceis deste ano não foi em vão. Neste sentido, terminamos o ano melhor do que começamos. Mas é inegável que 2022 será um ano de muitos desafios, tanto quanto foi 2021.

A economia seguirá com seus percalços e nós, cidadãos, pagando as consequências.

A crise econômica não só em nível nacional, mas em escala global, fez os brasileiros driblarem muitos obstáculos nos últimos meses.

Convivemos com o mercado de trabalho retraído, com o aumento da informalidade e a falta de reajuste salarial. E não só isso. Digamos, pior do que isso, a inflação e o custo de vida em alta. Ambos subiram tanto que corroeram o poder de compra e a capacidade de consumo de bens e serviços.

E esse cenário não vai mudar tão cedo. Ou seja, 2022 promete ser um ano tão (ou até mais) caro quanto foi 2021.

Outro aspecto que vai impactar os brasileiros no ano que vem são as eleições. Em ano de eleição muita coisa pública trava, outras são paralisadas. Mas o maior “estrago” deve ficar com a polarização de eleitores.

Nos últimos anos as pessoas não têm mais direito de criticar ou manifestar seus pontos de vista. Se falam isso, pertencem ao grupo tal, se falam aquilo, são tachadas de um monte de coisas.

Se a coisa já não vem sendo fácil, imagina como será em 2022, ano que tem tudo para ser o de maior polarização e engajamento político até aqui, especialmente se de fato Bolsonaro e Lula protagonizarem a eleição.

Enfim, sai ano, entra ano e não há como fugir de qualquer análise sem falarmos de saúde (ainda mais em tempos de pandemia), economia e política. Há muitas expectativas e muitas incertezas nestes três campos.

Nos resta seguir otimistas, driblar os desafios e abusar de cautela, afinal, ela nunca é demais.

Feliz 2022 para todos!

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