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Editorial

Parabéns, mulher, e xô machismo

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Um médico saiu com seu filho e os dois acabaram sofrendo um acidente de carro. Infelizmente, o médico morreu, mas o filho foi resgatado com vida. Chegando no hospital, as pessoas perguntaram quem era a pessoa mais especializada para atender o menino. Quando essa pessoa chegou ao centro cirúrgico, olhou e disse: infelizmente não posso atender esse menino. Ele é meu filho. Quem era esse profissional de saúde?

Para muitos, a resposta mais rápida seria o pai ressuscitado, um padrasto, talvez Deus, quem sabe um pai biológico que ninguém conhecia, mas era apenas a mãe do menino.

Infelizmente o machismo está presente em nossas vidas, muitas vezes escondido, sem que ao menos nós percebamos. No caso desse pequeno texto acima, por vezes não nos damos conta de que as mulheres são capazes de executar funções tanto quanto homens e podem assumir cargos de alta responsabilidade. A luta contra o machismo depende de todos e deve partir de cada um.

No último fim de semana, o cúmulo do machismo foi revelado em áudios do deputado federal por São Paulo, Arthur do Val, que, em meio a uma guerra, em meio a refugiados, disse que as mulheres ucranianas eram fáceis porque eram pobres. Como classificar um cara que vai a uma guerra e pensa em “pegar” as mulheres vítimas. Para piorar, no Brasil, disse que falou aquilo porque as mulheres de São Paulo seriam difíceis.

O machismo pode ser verificado de várias formas. Nos últimos anos a sociedade brasileira tem atingindo grandes feitos contra o machismo, a favor da valorização das mulheres. No entanto, há ainda muito a ser conquistado, nas empresas, nas casas, na vida social. É só olhar para a quantidade de estupros, feminicídios e agressões contra meninas e mulheres que acontecem todos os dias no Brasil e por vezes muito pior em outros países.

O bom é saber que estamos andando para frente, carregando a bandeira de que homens e mulheres se completam, que um não existe sem o outro, aliás literalmente. Cada um com seu papel, com seus jeitos, com seus defeitos, com suas qualidades, faz a sociedade como ela é.

Hoje, 08 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data nos convida a refletir sobre as mulheres e sobre os direitos que a elas foram e são negados até hoje, sobre as dificuldades de reconhecimento, sobre a falta de oportunidades ou sob o julgamento machista que ainda está intrínseco em boa parte das pessoas.

Preconceitos e estereótipos estão, pouco a pouco, caindo por terra. As pessoas e entidades brasileiras e mundiais têm um discurso forte, contundente, determinado e com total embasamento sobre a necessidade de valorizar cada vez mais a mulher. Mas, por mais que os discursos sejam dignos de aplausos, muitas vezes vemos que são apenas discursos.

Um feliz e agradável Dia Internacional da Mulher a todas as mulheres do mundo. Isso não é discurso, são nossos sinceros votos para hoje, para amanhã, para sempre.

 

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