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Elio Migliorança

PARANDO DE PIORAR

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Com as notícias os meios de comunicação nos fazem refletir sobre a urgência com que alguns problemas precisam ser atacados. Se não conseguirmos resolvê-los, já será um avanço se fizermos com que a situação pare de piorar. Veja o caso de São Paulo. A cada chuva é um Deus nos acuda. Apenas 40mm de chuva parecem um dilúvio por lá. Isto não começou da noite para o dia. Sucessivas administrações conduziram a cidade a um beco sem saída. A cidade acabou se transformando em asfalto, telhados e calçadas. A inundação é uma consequência lógica. Em quantos outros setores estamos vivendo por aqui o mesmo dilema. A insegurança tomou proporções assustadoras nesta região. Não se percebe nenhuma ação concreta e de curto prazo, enquanto isso as pessoas vão morrendo. Em reportagem bem equilibrada, o diretor do Saae de Marechal Cândido Rondon analisou a questão da água. É urgente fazer alguma coisa. Além do abastecimento, é importante discutir os caminhos da produção agropecuária no futuro, pois nossa região depende de água em toda a cadeia produtiva. Que o consumo humano é prioridade não se discute. Mas a produção de aves, suínos e leite depende das águas subterrâneas. Mesmo que o agricultor tenha um poço artesiano na propriedade, a questão é saber por quanto tempo estas reservas vão garantir abastecimento. Se há incentivos e financiamentos é fundamental saber por quanto tempo tais investimentos poderão ser utilizados. Sem água nada se produz. Quem sabe um projeto de médio prazo para aproveitamento das águas do Rio Paraná em toda a região Oeste e Norte do Estado seja viável. Outro fato é o inchaço do setor público, agora agravado pela diminuição drástica das receitas municipais. Esta também uma herança de sucessivas administrações as quais ao longo do tempo foram inchando o quadro de pessoal, para acomodar todos os “companheiros”, criando cargos de forma desordenada, chegando a uma situação de estrangulamento, que se algumas prefeituras fossem uma tribo, diríamos que há mais caciques que índios.  A maioria assiste a isso passivamente, ninguém quer se incomodar até que um dia a situação torna-se incontrolável e a solução é demorada.
Maior decepção do povo veio da recente guerra travada no Senado. Então o Sarney acabou revelando o tamanho da bomba. Um número assombroso de diretores, custando uma fortuna para o país. Descobrimos que o 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes, forte crítico do governo, foi quem autorizou o pagamento de horas extras em janeiro, conhecia a estrutura de cargos do Senado, nunca denunciou. Aliás, o mais triste é que todos estes cargos foram aprovados pelos senadores, o que nos faz concluir que todos são “farinha do mesmo saco”, salvo algumas honrosas exceções, que foram voto vencido, mas que podiam ter denunciado tais absurdos.
A única nota triste foi quando anunciaram a suspensão da construção de uma cela no subsolo do Senado e que devia ser concluída em duas semanas. Esta devia ser concluída e inaugurada prendendo os “da casa” que possuem dívidas a acertar com a Justiça, e não são poucos. Acho até que a cela devia ser ampliada.
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