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Editorial

Parece, mas não é

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A farsa da renovação política começou no Brasil. Diversos partidos estão trocando de nome ou pensando na ideia às vésperas das eleições para livrar-se da imagem desgastada que acumularam durante anos envolvidos em escândalos. Com nomes bonitinhos, querem conquistar o eleitor pela emoção, mas na verdade trata-se tão e somente dos mesmos. As manobras para ludibriar o povo brasileiro acontecem de todas as formas.

Temerosos em não serem reeleitos, velhos conhecidos da política estão falsamente se aposentando, mas apadrinhando novos nomes – e títeres – para ocupar seus lugares nas cadeiras do poder. Vão continuar defendendo seus interesses, mas por trás de rostos que sejam mais amigáveis, coordenando as ações governamentais como fazem equivocadamente há dé- cadas. Não se iludam, eleitores, pois são os mesmos.

É preciso acreditar que a renovação nas câmaras legislativas, no Senado, nos governos estaduais e na Presidência da República possam de fato acontecer com mais volume este ano, mas essa renovação já está contaminada pelos mesmos bandidos que deixaram o país na situação em que está. Os ratos roedores que ainda não foram presos responsáveis pela crise ética, política e moral, além da econômica, estão se candidatando, sim senhor.

O eleitor não pode cair nessa armadilha ardilosa proposta pelos charlatões endinheirados do colarinho branco. Entre as cúpulas dos partidos, esquemas e mais esquemas já estão sendo costurados para ludibriar o brasileiro mais uma vez. É preciso estar muito atento na hora de escolher o seu voto. Uma renovação pode esconder os velhos conhecidos e seus hábitos danosos e repudiáveis. O brasileiro clama por uma renovação, mas é na urna que tudo vai ser decidido. Tudo depende de todos. Um futuro melhor depende de governantes melhores, honestos, competentes e comprometidos verdadeiramente com um país mais justo, seguro e progressista.

Novos nomes vão aparecer, muitos deles interessados somente em se dar bem na esfera pública, a exemplo do que faz a ampla maioria dos eleitos nos pleitos passados. Desses oportunistas também é preciso distância.

Até as eleições de outubro, o brasileiro precisa fazer o que nunca fez na vida: pesquisar a fundo a vida do seu candidato. Filhos, família, vida social, processos na Justiça, problemas com a polícia, trabalho, ideologias e causas que defende, formação profissional, amigos, tudo que for possível. Primeiramente para saber se ele é digno de ter um assento no comando da carruagem brasileira. Também, para saber se esse cidadão tem competência para assumir tamanha responsabilidade.

ngana-se veementemente quem acredita que os crimes vão deixar de acontecer nos bastidores da política brasileira. As armas para a emboscada de outubro já estão sendo preparadas. Partidos renomeados, rostinhos novos apadrinhados estão encobrindo os antigos infiéis de sempre e as mesmas ideologias de ataques e saques ao que é público. Parece renovação, mas não é.

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