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Editorial

Pedido à estrela cadente

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O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou ontem (08) para a Justiça Federal de Brasília a denúncia contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, suspeitos de comandar a quadrilha que esfacelou os cofres públicos do país. Os dois companheiros devem responder por organização criminosa em uma denúncia que aponta desvios de quase R$ 1,5 bilhão da Petrobras. Finalmente, a casa está caindo para alguns dos mais corruptos e desonestos políticos brasileiros dos últimos tempos.

O Partido dos Trabalhadores surgiu como a grande esperança para um Brasil escangalhado dos anos 80. Aos poucos, a figura do metalúrgico de origem pobre do Nordeste brasileiro, que migrou para São Paulo em busca de melhores oportunidades, a exemplo de tantos outros peregrinos, conquistou a simpatia da população. As fichas foram todas no barbudo, que, junto com sua sucessora, por uma década e meia, conduziram a locomotiva verde e amarela para a pior recessão de sua história.

Saquearam as principais estatais do país, como a Petrobras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, a Caixa Econômica Federal e os Correios. Trocaram favores por dinheiro, traíram a confiança depositada e, no fim das contas, transformaram aquela inicial esperança por dias melhores em um desgosto profundo. “Eu também votei no Lula”, dizem alguns dos antigos eleitores hoje arrependidos. Na gestão pública, criaram ministérios à rolê, distribuíram cargos de confiança, aglutinaram os seus em agradáveis e lucrativos empregos fantasmas.

Lula, já condenado, observa sua situação piorar a cada dia que passa. Acusações que devem virar denúncias não faltam. Dilma, por sua vez, sempre na sombra do colega petista, vê o fundo do buraco cada vez mais de perto. Caem os caciques, cai o PT. Em ascensão, o Brasil observa a estrela cadente. A denúncia de ontem inclui também alguns companheiros alojados em Curitiba ou em outras prisões pelo país, como Antonio Palocci e João Vaccari Neto.

A Justiça está sendo feita, mas ela precisa ser plena e para todos. Por isso, há de se investigar não só o PT, mas toda aquela tropa covarde que está no alto escalão de Brasília, fazendo os mesmos jogos e criando tramoias para enriquecer às custas do empobrecimento da Nação e de seu povo. É preciso investigar – e se investigar vai achar – o vampirão marido da Marcela, o tucano do nariz branco, o sarnento, o collorido, entre tantos outros algozes do Brasil. Investigar, julgar e punir.

Há uma corja de malfeitores impregnada nas barras do governo. Pouco a pouco, eles vão encarando as penas que nunca imaginaram receber. Dia após dia, a Lava Jato e suas deliberações vão enjaulando criminosos da mais alta periculosidade, que não puxam gatilhos, mas matam em massa. A cada recurso negado, a cada nova denúncia, a cada nova prisão, o Brasil toma de volta sua dignidade, arrancada sem anestesia e sem piedade. A ferida latejante começa a ser tratada.

Que não pare por aí. É isso que o povo brasileiro pede enquanto observa a estrela cadente.

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