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Editorial

Pesos pesados

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O dom de cultivar a terra e criar animais de produção fez do Oeste do Paraná uma das regiões gigantes em produção agropecuária de todo o país. Um parque industrial a plenos pulmões e em expansão, propriedades rurais cada vez mais tecnificadas e modelos de produção de precisão empregados pelo homem do campo notabilizam esse setor como o mais importante para a economia da região.

Recentemente, um estudo apresentado por uma entidade da sociedade civil compilou a produtividade das principais culturas de grãos e proteína animal produzidas no Oeste, no Paraná e no Brasil. Os números são estratosféricos. Para se ter uma ideia, fazendo uma média, cada produtor da região Oeste do Estado produz aproximadamente 60 toneladas de alimentos por ano. Cada um dos 175 mil produtores alimenta muita, mas muita gente, seja na região, fora dela ou até em outros países.

A produção de suínos é a maior do Paraná, com destaque para Toledo, na 1ª colocação, e Marechal Cândido Rondon, que ocupa o posto de 4º maior produtor dessa proteína no Estado. A produção de leite também é destaque. Praticamente um a cada quatro litros produzidos no Estado vem do Oeste. Na produção avícola, a região é maior do Estado e do Brasil, absoluta, assim como a produção das cada vez mais famosas tilápias. No quesito grãos, a região também é destaque, ostentando as maiores produtividades de soja e milho. O estudo não mostra, mas ainda há produção de hortaliças, mandioca, frutas, fumo, girassol, entre outras culturas que fazem parte, geralmente, das pequenas propriedades rurais.

O trabalho desses profissionais do campo muitas vezes passa despercebido pela população, que observa mais atentamente o setor agropecuário brasileiro quando é época de safra, época de encher os silos e cofres do país. Recentemente, uma campanha da Rede Globo conseguiu ampla sensibilização para o tema, mostrando que “agro é pop, agro é tech, agro é tudo”. O agronegócio está intimamente ligado às pessoas, do café da manhã ao jantar, na hora de se vestir ou mesmo ao deitar a cabeça no travesseiro.

A região tem o dom para isso, mas não apenas dom. Terras férteis, alto grau de investimento, adoção de novas tecnologias, acesso a mercados do mundo todo e mão de obra cada vez mais especializada e comprometida ajudam o Oeste a produzir não somente toneladas e mais toneladas de alimentos, mas também oferecer aos consumidores produtos da mais alta qualidade e que permeiam os mercados mais exigentes do planeta.

Nunca é demais valorizar o produtor rural. Ele enfrenta as dificuldades inerentes ao meio rural, pratica investimentos altíssimos e, muitas vezes, precisa da colaboração do tempo para que suas expectativas não sejam frustradas. Ele evita o inchaço das cidades, contribui com grande parte dos impostos, gera milhões de empregos diretos e indiretos e, no fim das contas, acaba alimentando mais de sete bilhões de bocas famintas. São os pesos pesados da produção do Oeste, do Paraná e do Brasil.

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