Piada das boas
A eleição para a Presidência da República em outubro vai realmente ser diferente. A quantidade de pré-candidatos já declarados é grande, o problema é a qualidade. Tem gente de Norte a Sul botando a cara a tapa, mas a piada vem mesmo do PT e do PTC. São duas figuras bastante conhecidas, que já foram eleitos para o cargo máximo do Executivo brasileiro, mas figuras frequentes nos noticiários de escândalos políticos.
Dias atrás, o ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, em uma sala escura, com meia dúzia de seguidores, garantiu que vai disputar o pleito. Com aquele apoio aparente, não ganha nem para vereador em Marechal Cândido Rondon. O homem dos carros luxuosos, da Casa da Dinda e das extravagâncias, é uma amostra da impunidade que os “coronéis” desfrutam há décadas. Renunciou ao cargo de presidente pouco antes de ser impedido pela geração cara pintada.
Ontem (25), um dia depois de ser condenado, repito, condenado a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula também declarou que vai concorrer ao pleito. Mesmo vivendo uma crise, o Partido dos Trabalhadores lança seu nome para governar a nação brasileira por mais quatro anos.
Provável que ele não deve concorrer, já que até outubro, dependendo de decisão judicial, o petista pode parar na cadeia para cumprir a sentença.
Que a ampla maioria dos políticos não tem vergonha na cara todo mundo já sabe, mas Collor e Lula na disputa pela Presidência, em pleno ano de 2018, e nas atuais circunstâncias, é demais. Por isso mesmo, os memes satirizando os dois se multiplicam na internet.
Um é condenado a 12 anos de prisão, além de responder a outros processos. Seus companheiros estão presos ou respondem em liberdade. Outro é um coronel e playboy, que ludibriou a nação nos anos 90, mas mesmo assim segue ganhando quase R$ 150 mil por mês por ainda ser senador – sem contar as roubalheiras e aposentadorias acumuladas.
Até as eleições muita coisa ainda vai acontecer, mas as pré-candidaturas que começaram a pipocar no fim do ano passado e se avolumaram nos últimos dias oferecem uma noção do que o eleitor vai ter que encarar nas urnas. Vai ser osso duro de roer.
A vez de Collor e Lula já passou, mas eles ainda não sabem disso.