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Arno Kunzler

Postura de estadista

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Os regimes democráticos preconizam a liberdade individual, liberdade econômica e liberdade de expressão.

Esses pilares são fundamentais para os regimes democráticos que os Estados Unidos têm como grande avalista.

Todavia, nos últimos quatro anos, esses pilares foram duramente atacados e, talvez, não fosse a americana uma democracia secular, os americanos teriam embarcado numa canoa furada.

O ex-presidente Donald Trump deu sinais claros e flertou constantemente com mentiras institucionais, desobediência civil e intolerância racial e social.

Um presidente equivocado na sua postura, equivocado nas falas e equivocado em muitas de suas ações.

Desrespeitoso com países, com pessoas e com instituições.

A democracia americana, para o bem da humanidade, se livrou de um falastrão desorientado capaz de pregar o ódio entre sua própria população e entre os países.

Os grandes temas que Trump defendeu na campanha que o levaram à Casa Branca, como a volta das indústrias, o que acabou não acontecendo, a construção do muro para separar EUA do México, que ficou pela metade, e outros tantos, não fizeram o país melhor.

Agora assumiu Joe Biden, um democrata de carteirinha que fez questão de enaltecer que vai seguir as leis do país e mostrou em suas primeiras aparições como presidente seu compromisso com a democracia.

Democracia que une, que estimula, que encoraja e faz as pessoas participar.

Democracia que respeita as leis, que respeita as pessoas, as profissões, a soberania das nações e, principalmente, as instituições.

O que a democracia e as instituições precisam são de melhorias constantes e não a sua destruição sumária.

Biden conclamou os americanos a esquecer o ódio e se unirem novamente.

Biden falou dos mortos pela Covid, da vacina e da saúde pública do seu país.

Biden anunciou um novo tempo, tempo de respeito e de compreensão.

Falou como estadista.

O novo presidente americano, até pelo seu visual sereno e pela sua idade avançada, deu mostras confiáveis que deseja ser diferente do seu antecessor.

Veremos.

 

Por Arno Kunzler, jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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