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Arno Kunzler

Pouca chuva

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O sol escaldante dos últimos dias assusta os produtores de soja e milho da região.
Com pouca chuva e calor excessivo, as plantas sofrem e podem acumular desgaste ainda no período de crescimento vegetativo, que resulta em perdas irrecuperáveis se, ou quando, a chuva normalizar.
A previsão de chuvas para o mês de dezembro não é animadora, pelo contrário, é preocupante.
Ainda longe de contabilizar prejuízos, o momento é de preocupação.
Além das lavouras, o abastecimento de água também corre risco de ser prejudicado novamente.
Se no inverno a falta de chuvas causou enormes problemas para o abastecimento, no verão esses problemas aumentam sensivelmente.
O Oeste do Paraná, que durante mais de 15 anos colheu safras cheias, tanto a safra de verão como a de inverno, está vivendo um período de anormalidade, ou seria esse o nosso normal?
Já tivemos perdas com geadas recentemente, com seca e agora ameaça de nova estiagem em dezembro, justamente no período vegetativo das plantas da safra de verão.
Já tivemos racionamento no fornecimento de água no inverno e, embora haja promessa de solução através de bombeamento do Arroio Fundo, com uma miniestação de tratamento, há também muitas dúvidas e questionamentos sobre a eficácia desse sistema.
Todos esperam um fim de ano bom nas empresas, com fartura de vendas para comemorar com funcionários, famílias e os amigos.
Para isso, a região Oeste precisa de chuvas mais frequentes que ajudam a diminuir o calor e, principalmente, repor os níveis de água nas captações e nos poços artesianos para o abastecimento das cidades.
A perspectiva do comércio ainda é muito boa para o mês de dezembro, mas as consequências do calor e da falta de chuvas, se confirmadas, podem comprometer o começo de 2022.
Oxalá as previsões sejam falhas, o que acontece com frequência, e ao invés da preocupação possamos viver um fim de ano animador e com perspectivas boas para 2022.

O autor é jornalista e fundador do Jornal O Presente e da Editora Amigos
arno@opresente.com.br

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