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Arno Kunzler

Precisa motivação…

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O Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu terá eleições hoje (31).

Mais uma vez, seguindo tradição da entidade, depois de longas discussões, foi formada chapa única e contando com o apoio de todos.

É razoável que não haja disputa dentro da entidade, apesar de que disputas sempre acendem um pouco mais o interesse dos associados.

Mas nesse caso, a entidade passa por um momento crítico: alguns associados se distanciaram e enfraqueceram o potencial dos Lindeiros.

É pouco provável que uma eleição mais disputada faria com que despertasse maior interesse, talvez até mais afastamentos.

O desafio da nova presidente, Cleci Loffi, é mais ou menos o mesmo do atual presidente Moacir Froehlich: convencer os associados que se trata de uma entidade importante, com enorme potencial para defender os interesses dos municípios lindeiros e promover ações importantes, especialmente no campo político.

A prefeita de Mercedes, Cleci Loffi, que encabeça a chapa única tendo como vice o prefeito de Santa Helena, Airton Copatti, terá que desencadear conversas com seus colegas para despertá-los novamente.

Não é uma missão fácil, mas necessária.

Demanda tempo, dedicação e capacidade de aglutinação política, deixando qualquer resquício de lado para dar atenção total ao que realmente interessa.

O que realmente interessa aos municípios Lindeiros são os royalties.

Se o Conselho foi criado para defender o ICMS sobre a produção de Itaipu, perdida posteriormente, agora as investidas políticas devem levar em consideração que os municípios começam a enxergar, logo aí, o período em que, em tese, os royalties se findam.

É claro que há manifestações a respeito disso dizendo que os royalties jamais acabarão enquanto Itaipu utilizar as áreas cobertas pelo lago e produzir energia.

Enquanto as terras forem utilizadas para armazenar a matéria-prima (água) destinada à produção de energia, não há lógica findar o pagamento dos royalties aos municípios. Todavia, não está escrito que vai ser assim e enquanto não for escrito os prefeitos e principais lideranças da região começam a enxergar nisso uma data fatal.

Deixar para ver o que vai acontecer pode custar caro, mesmo que seja apenas por um período.

Sabe-se hoje que quando o governo, por questões burocráticas, atrasa o pagamento dos royalties por dois ou três meses, gera-se pânico em vários municípios. Então, pode ser que essa seja a bandeira capaz de unir novamente todos os prefeitos em torno de uma tem que merece e precisa ser visto e tratado com força política.

Oxalá a futura presidente Cleci Loffi, que deve ser eleita na manhã de hoje em Santa Helena, tenha o apoio de seus pares para desencadear um debate saudável e produtivo em torno da discussão desse assunto.

E que os royalties sejam prorrogados pela legislação que prevê seu pagamento, pelo tempo que se utilizam as terras dos municípios lindeiros.

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