Arno Kunzler
Previsões furadas…
Tivemos muitos momentos completamente distintos vividos num único ano.
Em janeiro ouvimos previsões otimistas, e não por menos. Estávamos diante de um dos anos mais promissores da nossa história.
Em março mudou tudo. O ano seria catastrófico.
Em maio percebemos uma normalidade estranha para o meio da pandemia, mas as previsões eram de desastre no segundo semestre, quando viriam os boletos e as contas postergadas de abril e maio.
Chegou o segundo semestre e o que percebemos é uma economia vigorosa, pujante, uma atividade econômica a mil.
Tanto que o Estado divulgava ontem (21) 2.494 vagas oferecidas pelos diversos setores econômicos do Paraná.
Mas, agora se fala que a crise mesmo vem no fim ano, quando as empresas, já em dificuldades, terão que pagar o 13º salário.
Todavia, as vendas do comércio e a produção da indústria estão elevadas.
E já temos previsões negativas previstas para o início de 2021.
Aí, sim, haveria quebradeira de empresas e desaquecimento da economia.
Pode até ser, mas a julgar pelo que aconteceu até agora, num ano que prevíamos o pior possível e com todos os indicadores apontando para incertezas, não é razoável apostar na crise de 2021.
Como sempre, alguns segmentos serão atingidos e castigados, mas outros serão beneficiados.
Estamos numa região cheia de oportunidades, repleta de iniciativas promissoras, não vamos deixar que as previsões negativas nos contaminem.
O único medo que devemos ter, ainda assim com muita cautela, é que o consumo exagerado pode atrapalhar a estabilidade dos preços.
Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos
arno@opresente.com.br