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Editorial

Punição a quem maltrata animais

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Na semana passada, uma reportagem do Jornal O Presente tratando sobre o aumento de casos de crueldade contra animais, além de abandono e maus-tratos, segundo informações da ONG Arca de Noé, chamou a atenção de grande parte da população de Marechal Cândido Rondon e região. Imagens fortes, chocantes, fotos de cães à mingua, morrendo em meio a plantações, dilacerados por fios elétricos, amordaçados para que morressem de fome e sede…

Até quando a sociedade vai assistir isso sem que os autores dessas barbaridades sejam encontrados, julgados, condenados e presos?

De que adianta mudar as leis, torná-las mais rígidas, se os casos de crueldade com os animais só se multiplicam e ninguém vai para a cadeia?

Um “ser humano” que pratica tamanha brutalidade contra animais indefesos não pode passar impune. Não deveria gozar de liberdade, pois não sabe que por trás da liberdade existem regras de boa convivência, que obviamente não incluem abandonar os bichos à sorte e maltratá-los a ponto de lhes ceifar a vida.

Existem cinco regras básicas que norteiam o bem-estar animal: ser livre de fome e sede, livre de dor e desconforto, livre de doenças e injúrias, livre de medo e estresse e livre para expressar os comportamentos naturais da espécie. Quem não tiver isso em mente, não tenha um animal!

Além disso, os tutores de animais precisam estar cientes de que eles precisam de atenção e afeto. Ainda, precisam tomar banho, remédios, vacinas e visitar com frequência um médico veterinário. Ou seja: demandam tempo e dinheiro, mas especialmente amor. Quem não é capaz de amar um animal, não tenha um animal!

Quando a sociedade vê trabalhos como os da ONG Arca de Noé se enche de esperança, pois pessoas boas estão se doando para amenizar ou acabar com o sofrimento desses bichinhos. Mas quando observa que esse trabalho está cada vez mais aparecendo, é sinal de desesperança, sinal de que uma parcela da sociedade (e não é tão pequena assim) ainda pratica crimes que até poucos anos atrás eram banalizados. Lamentável e assustador.

Há milhares de anos os homens têm animais de estimação. Os cães, que são os mais maltratados em Marechal Rondon, são amigos fiéis, que não te abandonarão nunca, que te acolhem quando você está em silêncio, que ficam felizes com sua felicidade, que diferenciam o som de seu carro no meio de mil carros. Cães cheiram muito, mas o cheiro que eles mais gostam é do seu dono ou da sua dona, ou dos dois, dos três… Para eles, nada como dar uma boa lambida para expressar todo seu amor e felicidade.

Esses fatos horrorosos que marcaram os últimos dias em Marechal Rondon ligam o alerta para um problema gravíssimo, que, por mais indignação que cause, acaba sempre em pizza, no esquecimento. Maltratar animais é crime. E criminosos precisam ser presos. A população deve denunciar, a polícia deve prender e a Justiça deve condenar essas pessoas que atentam contra a vida desses coitadinhos. Rigor da lei para servir de exemplo é o que a sociedade pede.

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