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Editorial

Quanto mais opções, melhor

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A filiação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao Podemos, com pompas, em Brasília (DF), na semana passada, é um sinal claro que a terceira via deve ser formada para as eleições do ano que vem.

Lula e Bolsonaro, que ainda não são candidatos, mas provavelmente serão, vão ter que dividir seus votos com outros postulantes à Presidência da República.

Certo que mais nomes serão expostos pelos próximos meses, certo que serão mais candidatos e que o eleitor brasileiro, terá, sim, opções que vão além do que temos hoje.

O discurso de Sergio Moro foi feito por alguém que, sim, quer ser presidente do Brasil. Falou de economia, de meio ambiente, de segurança e de ter uma proposta para unir o Brasil, tão polarizado como nunca.

Essa polarização entre Bolsonaro e Lula, ou Bolsonaro e o PT, como queiram, enfraquece a democracia. Não são apenas duas opções no pote.

Por diferentes motivos, cada um com os seus, muitos eleitores não se interessam por Bolsonaro, tampouco pelo retorno da era petista ao Palácio do Planalto. Milhões de brasileiros estão cansados de extremismos, de bate-boca, de troca de acusações, mas, especialmente, cansados da falta de políticas públicas que realmente façam a diferença na vida das pessoas.

Certamente o ex-juiz Sergio Moro vai ser bajulado por uma porção de partidos e lideranças políticas pelos próximos meses. É bem verdade também que ele será atacado, de todas as formas, como toda campanha eleitoral “exige”.

Certamente que vão querer ele fora do páreo, pois o cara que comandou a maior operação anticorrupção do Brasil, talvez do mundo, tem uma legião de “fãs” por todo o país.

O presidente Jair Bolsonaro não terá dias fáceis daqui para a frente. Além de governar o país, precisará tentar reduzir o desemprego, melhorar a atividade econômica, ampliar a renda das pessoas, mas especialmente reduzir a inflação, que não é tarefa nada fácil (que o diga o ministro da Economia, Paulo Guedes).

Terá que pensar em como conseguir ser reconduzido ao cargo por mais quatro anos. E ainda pensar como responder aos ataques que seus oponentes obviamente vão lhe propor durante a corrida eleitoral.

Lula, condenado por corrupção pelo ex-juiz Sergio Moro, também não terá sono fácil daqui adiante. Além de um adversário direto por milhões de votos, Lula vai estar frente a frente com seu principal desafeto.

As eleições para a Presidência da República começam a ser desenhadas ainda em 2021. Em cerca de um ano o Brasil vai conhecer a próxima pessoa a comandar a nação brasileira por mais quatro anos. Pode ser Lula, pode ser Bolsonaro, pode ser Moro ou pode ser nenhum dos três. Quanto mais opções, melhor.

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