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Editorial

Que não nos falte esperança

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Todo começo de ano instaura uma atmosfera diferente nos ambientes, nas pessoas. Sabemos que entre o fim de um ano e o começo de outro há apenas a diferença de um dia e que a nossa vida não muda com a virada de um ano, contudo, para a grande maioria, é inegável que o fim de dezembro e o início de janeiro trazem um clima diferenciado e provocam um sentimento de recomeço, de oportunidades, de expectativas… E motivação. Sim, porque para tudo é preciso motivação, um combustível de vida que inspira diariamente.

E quando um ano novo começa parece que essa motivação, esse combustível, está a todo vapor.

Dois mil e vinte foi um ano inusitado e 2021 começa nos mesmos moldes, uma vez que a pandemia segue sem data para terminar, bem como as suas consequências.

Há uma série de expectativas no ar, especialmente sobre quando a vacina contra o coronavírus vai chegar. Para tudo onde se olhe – rádio, TVs, jornais – o assunto é vacinação.

É um tema que, assim como a Covid-19 em si, virou polêmica em nosso país porque mistura saúde com política. E essa misturança toda entre governos, políticos, pré-palanques eleitorais e posturas tendenciosas não combina com o momento atual, que necessita, acima de tudo, de serenidade e bom senso.

A grande aposta de todos está na vacina porque o povo já cansou da pandemia. Esses meses todos de restrições, de cuidados redobrados, de perda de entes queridos, de sofrimento por causa da doença e de dinheiro curto para muitos deixaram as pessoas no limite. Neste sufoco todo parece que a vacinação é a cartada derradeira para dias melhores.

Na verdade ninguém sabe ao certo como vai ser quando de fato ela acontecer, porque não haverá num primeiro momento vacina para todos. E serão necessárias mais de uma dose para completar a imunização. Também nem todos estão dispostos a tomar a vacina. Não se sabe se será obrigatória ou não. De qualquer forma, a vacina contra a Covid é a aposta do momento. Se ela realmente vai permitir que as páginas de desafios e percalços sejam viradas, só o tempo dirá.

Assim como para muitos o ano de 2020 em nada mudou nos negócios e consequentemente não afetou seus lares, para outros, e muitos outros, possivelmente a grande maioria, as consequências da pandemia ainda vão perdurar e quem sabe até se acentuar.

Precisamos ser otimistas, é verdade, mas todo otimismo precisa de um pingo de realismo.

É um ano novo, que nos trouxe uma expectativa boa, um clima diferente no ar, mas não nos enganemos: 2021 será um ano desafiador, tanto quanto foi 2020. Em outros moldes, talvez. Talvez com efeitos mais amenos. Talvez o contrário. Com novas dificuldades, diferentes das do ano passado. Mas não será fácil, isso é fato. Nunca foi, e dificilmente será agora.

Da saúde à educação, especialmente, há muito o que ser superado para a tão sonhada volta da vida normal.

Que o otimismo, a motivação e a força de vontade dos prefeitos empossados e dos reconduzidos ao cargo na última sexta-feira (1º) prevaleçam firmes e fortes para que possam driblar as dificuldades que se apresentarem. Que eles consigam executar aquilo que se propuseram em suas campanhas e até mesmo superar seus planejamentos. Que não se cansem de projetar, de buscar recursos e de mostrar serviço em suas comunidades.

Que em Brasília o ambiente se faça propício para as reformas estruturantes que o Brasil tanto precisa para seguir em diante, melhor, mais robusto, mais justo. Que os nossos representantes consigam olhar para as reais demandas da nação.

O povo quer e precisa de dias melhores, de ânimos renovados para poder fazer de 2021 um ano repleto de oportunidades, conquistas e muitas coisas boas, além de saúde, é claro, primordial para que tudo se concretize.

Que os bons ventos deste ano que acaba de começar sigam leves e serenos, semeando sementes que amanhã ou depois se transformarão em frutos a serem colhidos.

Que não nos falte esperança.

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