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Editorial

“Quente”, mas “morno”

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Com a chegada de um novo ano, todo mundo cria certas expectativas. No campo político e administrativo não é diferente. Contudo, em ano eleitoral, o andamento da maioria das atividades nas esferas de governo fica mais moroso. A liberação de recursos e projetos entram em stand by, principalmente no período de campanha.

Por essas e outras muitos prefeitos não estão criando tantas expectativas positivas para o ano de 2018. A maioria, claro, segue com boas perspectivas, todavia, não projetam horizontes espetaculosos. São mais realistas.

Muitos acreditam que o país, o Paraná, o Oeste e os municípios da região passarão por transformações importantes no ano vindouro, mas, ainda assim, preferem manter os “pés no chão”, considerando que não haverá ganhos acentuados.

Apesar de 2017 ter sido um ano sofrido, em que o Brasil novamente passou por intensos desafios no setor econômico, o qual foi duramente impactado devido aos desdobramentos de operações policiais que levaram empresários e políticos de renome nacional para atrás das grades, é inegável que o país avançou de alguma forma. A economia deu sinais de recuperação, o Produto Interno Bruto voltou a ficar positivo, houve certa recuperação no número de empregos, o agronegócio se manteve firme…

O cenário esperado para 2018 é de mais melhorias, não muitas, mas, de qualquer forma, alguma aqui outra acolá. Entretanto, levando em consideração que as transformações positivas esperadas pela população em muito dependerão dos destinos políticos que o Brasil tomar, a previsão é de um ano “morno”. Sim, porque a maior parte do primeiro semestre vai girar em torno de definições partidárias, candidaturas etc… e as eleições ocorrerão em outubro (dia 07 o primeiro turno e dia 28 o segundo), ou seja, a dois meses do final do ano.

Como o período pós-eleitoral é considerado “morto” e como muito do que virá pela frente depende do resultado das eleições, da posse, do início do governo e aí por diante, possivelmente somente em 2019 é que os brasileiros poderão de fato esperar algo a mais. Ainda assim, nada tão expressivo, porque todo início de gestão começa engatinhando e até acertar os trilhos (oxalá acerte!) demora um certo tempo.

Enfim, quando tudo começar a se encaminhar, logo haverá novas eleições. É assim o nosso Brasil.

Por sinal, os prefeitos que neste ano concluem o primeiro mandato devem começar a mudar o discurso, já que muitos deles costumam dizer que o primeiro ano de gestão é para “arrumar a casa”. Em 2018, precisarão deixar mais evidente à sociedade as suas ações, caso queiram se manter bem cotados entre a população.

Nos resta aguardar os acontecimentos, acompanhar os destinos políticos que o Brasil vai tomar, para só então sonhar com dias melhores. E assim seja!

De qualquer forma, antes de 2018 chegar, já sabemos o que esperar: um ano “quente” nos embates políticos e “morno” em todo o resto.

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