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Arno Kunzler

Recuar é preciso

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Antes que conheçamos os efeitos da nova variante da Covid-19 no Brasil, é melhor recuarmos e esperarmos como reagir, para evitar que os hospitais fiquem lotados de doentes novamente.

É prudente cancelar os grandes eventos e aglomerações, especialmente réveillon e Carnaval.

O futebol está entrando em férias e naturalmente as concentrações acabam nesta semana.

É melhor entender o grau de transmissão e a letalidade da nova variante e depois, com calma, avançar.

Até aqui o Brasil fez um grande esforço, conseguiu avançar na vacinação, mas ainda há espaço para o vírus.

As faixas etárias ainda não vacinadas e principalmente as pessoas que insistem em não se vacinar contribuem para o vírus sobreviver ou se alastrar.

E aí é sempre bom fazer a vírgula, antes que os críticos atuem de forma impiedosa.

Não é que vacinando ninguém mais será contaminado, mas é claro que a transmissão diminui e o efeito em quem for contaminado também.

Por isso, recomenda-se a vacinação. Por isso, ela é tão importante. Mas para assegurar o melhor resultado precisa alcançar o maior número de pessoas.

Já superamos os momentos mais difíceis, tanto com a doença levando pessoas à morte, como os efeitos econômicos sobre as empresas e os negócios.

Já passamos pelo pior: hospitais lotados sem vagas, sem oxigênio, sem equipamentos e com profissionais exaustos.

Agora é possível fazer um esforço a mais para garantir que menos pessoas sejam afetadas, que o comércio sofra menos problemas e que possamos, em breve, levar nossa vida à normalidade, se é que ainda não temos vida normal.

Se para alcançar isso for necessário cancelar os grandes eventos que promovem o deslocamento das pessoas de uma região, ou de um país para outro, que compreendemos isso como uma medida prudente.

Se os governos já cancelaram os grandes eventos de fim de ano, talvez seja importante cancelar também os grandes eventos carnavalescos.

Já sobrevivemos um ano sem eles, e o importante é poder manter os pequenos eventos, movimentando os negócios locais.

Esse comércio que foi muito prejudicado, agora vive seu melhor momento e não podemos colocar em risco isso tudo por causa de alguns eventos gigantescos.

É melhor recuar agora do que parar tudo depois.

 

Arno Kunzler é jornalista e fundador do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

 

 

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