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Editorial

Resposta da natureza

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Há pouco mais de seis anos Marechal Cândido Rondon passava por um dos mais angustiantes momentos de sua história. O medo e a destruição chegavam em forma da maior catástrofe climática já registrada no município. Uma série de tornados em novembro de 2015 varreu residências e comércios, destruiu postes, arrancou árvores e deixou milhares de pessoas com prejuízos que se estenderam por anos. Felizmente, não houve vítimas fatais.

Nas últimas safras, o clima desgovernado também causou prejuízos imensos. Ou muita chuva, ou muita seca. O calorão dos meses de dezembro de 2021 e janeiro deste ano também chamaram a atenção. Vários dias consecutivos acima dos 40 graus, ou muito próximo a isso, com sensação térmica ainda muito maior.

Por mais que negacionistas queiram dizer o contrário, os eventos climáticos extremos estão acontecendo cada vez com mais frequência. No Brasil e no mundo, tempestades, altas temperaturas, escassez hídrica, tornados e outros eventos estão se tornando mais frequentes e mais fortes. O modo de vida dos seres humanos, que abusaram e abusam da geração de gases do efeito estufa, é um dos motivos, segundo especialistas, para que a humanidade esteja, agora e no futuro, experimentando o gosto amargo da “revolta natural” do planeta.

Neste fim de semana várias cidades do Paraná, sobretudo nas regiões Oeste e Noroeste, foram duramente castigadas com um poderoso temporal que desabou sobre nossas cabeças. Ventos em altas velocidades, muita chuva e granizo foram os atores principais dessa tragédia natural. O resultado não poderia ser diferente: muita destruição nas ruas, casas, comércios e também na festa que seria a cereja do bolo para comemorar o aniversário de Maripá.

Ao invés de recepcionar as pessoas com música, shows, arrancadão de tratores e a saborosa comida à base de peixes, os maripaenses se viram na obrigação de cuidar dos seus cidadãos, que sofreram duramente com as consequências deixadas pelo evento climático. O fim de semana era para ser de festa, mas se tornou um momento de aflição e tristeza para muitas famílias que perderam suas moradias, mobílias, etc. Menos mal, a destruição não fez nenhuma vítima fatal.

O município foi bastante danificado, o que exige das autoridades locais agilidade para reconstruir o básico, agilidade para ajudar os necessitados, que também estão recebendo doações para tocar a vida adiante. Nesse momento, toda a ajuda é bem-vinda. Se você puder ajudar, faça esse gesto de amor ao próximo.

As mudanças climáticas são uma realidade irreversível. O consumo desenfreado, o uso abusivo de combustíveis fósseis e a globalização são alguns fatores que contribuem para um rearranjo do clima no planeta. É preciso se preparar para essas situações. Não dá para prever o que vai acontecer, mas planejar para agir com rapidez e eficiência em resposta a esses eventos climáticos severos é algo que deve começar a fazer parte da vida de todos, sejam famílias, entidades, empresas ou governos.

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