Reverenciar os pioneiros

Não é preciso ser daquela época para compreender que os primeiros moradores de Marechal Cândido Rondon foram pessoas muito corajosas e destemidas.

Entrar no mato selvagem levando consigo apenas um machado, foice e enxada e uma família inteira para alimentar e cuidar da saúde e dar educação aos filhos é, sem dúvida, um gesto de muito amor e coragem.

Compreender isso nos faz pessoas menos amargas, menos críticas, menos intolerantes e menos injustas.

Saber que essas pessoas e suas famílias enfrentaram tudo praticamente sem ajuda de ninguém, sem serviços públicos, sem estradas, sem comunicações e sem escolas e hospitais.

Uma luta a ser reconhecida, reverenciada e enaltecida por todos nós.

A maioria desses pioneiros já são falecidos; se vivos estivessem, sentiriam muito orgulho de tudo isso.

Orgulho das sementes boas que plantaram e que se multiplicaram.

 

 

 

Das ideias que proliferaram e hoje são a base de uma sociedade extremamente exigente, mas com espírito fraterno e altruísta.

 

Os alicerces solidificados com o braço forte do agricultor.

Esse mesmo agricultor que teve que dispensar a enxada e o machado e investir em conhecimento tecnológico para sobreviver.

Quando as enxurradas levaram suas terras, foi preciso repensar o cultivo da terra e buscar novas tecnologias.

As cooperativas que inovaram e construíram nesta região um dos maiores parques agroindustriais do Brasil.

As antigas estradas barrentas e empoeiradas foram dando lugar ao asfalto, ligando as cidades e hoje as linhas do nosso interior.

Superamos a falta de energia elétrica, telefonia, educação, saúde…

Hoje podemos dizer: Marechal Cândido Rondon cresceu e se desenvolveu.

Parabéns aos que começaram, aos que continuaram e aos que farão deste um município ainda melhor.

Uma cidade boa se constrói com dinheiro, ideias e senso crítico.

Queremos ousar, inovar e crescer, mas também queremos preservar.

Queremos olhar para frente, enxergar longe, mas nunca esquecer do passado.

Queremos uma sociedade crítica, com valores democráticos, mas generosa e com sentimento de gratidão.

Que neste dia 25 de julho estejamos todos com saúde.

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br