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Arno Kunzler

Revolução invisível

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O Brasil precisa e está conseguindo promover uma grande revolução interna.

Não parece, mas o atual governo está se esforçando para “desregulamentar” a economia.

E tudo que precisamos para crescer e empreender é um choque de desregulamentação e incentivos para produzir.

O resto temos.

Gente com fome de crescer tem.

Trabalhadores têm.

Matéria-prima tem.

Um imenso mercado interno tem.

Riquezas naturais têm.

O que nos falta?

Governos (federal, estaduais e municipais) que, em primeiro lugar, parem de atrapalhar, ou então atrapalhem menos.

Em segundo lugar, que criem programas de incentivo para produção, não consumo, PRODUÇÃO.

O Brasil precisa produzir mais e melhor para poder competir com os produtos importados internamente e ainda conquistar uma fatia do mercado externo que hoje alcançamos somente com preços, mas precisamos conquistar mercado externo também com qualidade.

Estamos muito longe de ver isso na prática, mas os sinais do atual governo são nessa direção e isso particularmente pode nos deixar animados.

Além de desregulamentar a economia e os negócios, também temos uma grande carência de investimentos em infraestrutura.

Carecemos de mais e melhores aeroportos, ferrovias, hidrovias, rodovias e portos.

Quatro anos de governo não serão suficientes para alcançar esse estágio, mas um dia alguém tem que fazer o começo e, pelo que podemos ver, esse é um começo.

Pode estar um pouco atrapalhado, pode estar um tanto confuso, mas a velocidade que essa equipe está agindo impressiona.

É bom que se diga, outros governos tentaram fazer o mesmo, ou pelo menos várias coisas que estão acontecendo neste governo, mas nunca conseguiram ou porque tinham medo de enfrentar as corporações, ou porque não tinham unidade de pensamento.

Pelo que se pode ver até aqui, a única instituição que pode impedir o governo de fazer as mudanças é o Congresso.

E o Congresso funciona à base da pressão, principalmente das corporações onde se destacam servidores de várias categorias tanto nacional como estaduais e municipais.

Além das corporações os monopólios econômicos também agem impiedosamente.

Antes podíamos incluir nessas forças com potencial destrutivo também a grande mídia, mas essa vem perdendo espaço por falta de credibilidade e se não recuperá-la deixará um vazio a ser preenchido por alguém.

 

O autor é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos da Natureza

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