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Editorial

Sabores do campo

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Os moradores de Marechal Cândido Rondon e região têm mais uma opção para comprar alimentos frescos, aqueles da roça mesmo, direto das mãos de homens e mulheres do campo. Aquele pão fresquinho, o maço de tempero verde, o queijo colonial, a nata fresca, a fruta orgânica…

O sucesso da tradicional feira que acontece no centro da cidade, que lota a Rua Dom João VI de pessoas em busca de bons preços e alimentos de qualidade e sabores distintos, se repete na feira que há cerca de seis meses funciona junto ao Parque de Exposições. A “nova” feira é mais uma oportunidade para aproveitar os sabores que o campo oferece.

E parece que a iniciativa tem agradado o público. O local é bastante frequentado, apesar de muita gente ainda não saber da existência dessa feira no parque, agradando os feirantes e os fregueses.

Comprar alimentos direto do produtor rural está voltando à moda. Depois da globalização, a sociedade caminha para voltar à regionalização.

Cada vez mais os consumidores querem saber como seu alimento foi produzido, de onde ele veio e quem o produziu. Esse novo modelo de consumo não é exclusivo de uma região ou outra. É um modelo global.

Na Europa e Estados Unidos, por onde geralmente começam as revoluções sociais, esse tipo de consumo ganha cada vez mais força.

Algumas vantagens são peculiares desse sistema. Primeiro, o consumidor sabe exatamente o que está comprando. Em segundo lugar, é uma maneira que o produtor tem de ganhar um pouco a mais. Em terceiro, o dinheiro da comunidade fica na própria comunidade. Também, a socialização e a amizade entre as pessoas é uma marca das feiras de cidades do interior. É lugar de comprar, comer, beber, falar com os amigos.

Comprar em feiras livres é valorizar o homem do campo, que trabalha arduamente na sublime missão de produzir alimentos para as pessoas.

Esse homem do campo, que há alguns anos era pejorativamente chamado de colono, precisa ser reconhecido, valorizado e respeitado. É ele que dá equilíbrio à sociedade mundial. Onde há alimentos para todos não há guerra. O contrário também é verdadeiro. É ele que evita o inchaço das cidades.

É claro que os supermercados ainda são indispensáveis, mas ambos podem coexistir em perfeita harmonia. Há espaço e mercado para todos. Juntos, geram renda e empregos na cidade.

Parabéns às pessoas que se dedicaram para que essa feira do Parque de Exposições virasse uma realidade. Muitos esforços foram empregados para que mais essa opção fosse possível. É preciso reconhecer o esforço e o empreendedorismo das pessoas que acordam cedo para colocar à disposição da comunidade alimentos de qualidade, produzidos dia a dia, com a ajuda da terra fértil, do sol e da chuva.

Agora é valorizar, ir às compras, aproveitar as delícias que a região oferece, degustar bons momentos em um ambiente tipicamente interiorano. Um novo mundo passa pela retomada de velhos hábitos.

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