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Dom João Carlos Seneme

Sagrada família de Nazaré, modelo para todas as famílias

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No primeiro domingo depois do Natal, a Igreja celebra a Solenidade da Sagrada Família. Os três membros da família de Nazaré – Jesus, Maria e José – possuem um traço comum: a obediência a Deus. José é um homem justo que fez tudo conforme o Senhor lhe falou pelo anjo; Maria, serva fiel, se colocou inteiramente disponível à vontade de Deus; e Jesus, o Filho único de Deus, coloca-se nas mãos de Deus para que se faça a sua vontade.

O Evangelho que nos é proposto faz parte do “Evangelho da infância”. A finalidade do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas, sim, fazer catequese sobre Jesus para despertar nos leitores de todos os tempos a fé em Jesus Cristo a fim de segui-lo de perto e se tornar discípulo.

Há entre os judeus uma cerimônia em que os meninos se tornam “filhos da lei”. É a idade da maturidade em que o menino judeu assume as obrigações legais. É o que reflete o texto que lemos em que situa Jesus, aos 12 anos, no Templo de Jerusalém sentado entre os mestres da lei ouvindo e fazendo perguntas: “Todos ficavam maravilhados com sua inteligência e respostas”.

José assume o papel de protetor de sua família e colaborador do projeto salvador de Deus. É o homem permanentemente atento às indicações de Deus, que sabe discernir o que Deus quer, que acata na obediência a vontade de Deus, que tudo arrisca e sacrifica em defesa da vida daquele menino que Deus lhe confiou.

Assim, a família de Jesus, a Sagrada Família, é apresentada como modelo para todas as famílias porque vive um relacionamento de amor não fechado em si mesmo, mas voltado para Deus e para os outros.

Rejeitar a família é rejeitar o projeto de Deus que quis nascer numa família. A família (pai, mãe, filhos) é o lugar da estruturação do ser humano, onde se aprende o dom da fé. É o lugar do amor dado e recebido entre os esposos no sacramento do matrimônio e os filhos são o dom de Deus.

Este é o último domingo do ano. É um momento ideal para procurar um lugar silencioso e calmo para rezar, entrar em sintonia com Deus. Vamos fazer uma retrospectiva dos últimos 12 meses e descobrir as milhares de razões que temos para louvar a Deus e agradecer-lhe pelos dons recebidos. Sejamos honestos e humildes. Peçamos perdão pelos erros e infidelidade. Mas, acima de tudo, vamos relembrar e trazer diante da presença de Jesus os sofrimentos do nosso mundo. Não tenhamos medo de incluir aqueles que estão perto de nós, mas vamos lembrar daqueles que não têm ninguém que se recorde deles em suas orações.

Feliz Ano Novo.

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