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Silvana Nardello Nasihgil

Saúde mental deve ser levada a sério!

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Precisamos começar levar a saúde mental a sério. Não porque é Setembro Amarelo, mas porque cada vida é importante, merece respeito e cuidados.

Sem falar de modo mais profundo, brevemente, acho pertinente nos posicionarmos, bem como creio que é preciso refletir sobre o “mal do século”, a depressão e seus efeitos destruidores.

Que a gente aprenda a olhar para dentro de nós, buscando dar importância aos sinais de que algo não está bem, de que não está dando para dar conta sozinho. É importante saber que é preciso buscar ajuda e sem qualquer preconceito compreender que existe tratamento para todo tipo de síndrome, transtornos ou distúrbios.

Não dá para achar que síndrome do pânico, ansiedade, fobia social e outros tantos males que podem levar à depressão são “mimimis, frescuras” ou falta de Deus, porque a depressão não tratada adequadamente pode desencadear várias outras complicações mentais, bem como doenças físicas.

Ninguém inventaria algo que faça a vida ser tão sofrida simplesmente para chamar atenção ou para se beneficiar. Se assim fosse, seria um processo que duraria alguns dias e jamais se estenderia ao ponto de tornar a pessoa incapacitada para viver.

Precisamos abandonar as ideias absurdas de que isso passa. Devemos buscar informações claras e verdadeiras e ajuda profissional. Ficar só se lamentando não é a atitude correta, isso só servirá para agravar ainda mais toda a fragilidade envolvida nesses processos dolorosos. É preciso uma atitude de buscar soluções, porque elas existem!

Precisamos também prestar atenção ao nosso redor, em nossos familiares, amigos, colegas, conhecidos, seja quem for, para que possamos de alguma forma orientar para que busquem ajuda. Tratar uns aos outros com carinho, respeito, solidariedade, acolhimento, compaixão e amor sem dúvida fará toda a diferença. Não temos como saber o que produzimos no outro quando tocamos a sua vida e como ao invés de salvá-lo podemos estar colaborando para que morra um pouco mais. Podemos ajudá-lo a se salvar como podemos contribuir para que se vá o fio de esperança que ainda o prende à vida.

A vida é preciosa demais para a gente fazer de conta que não sente, ou não enxerga, dando pouca importância a um sofrimento tão grave que pelo seu poder devastador pode levar à morte.

Tomar consciência da seriedade de tudo o que envolve a depressão é estar no caminho certo para salvar-se e ajudar outras pessoas a se salvarem também.

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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