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Editorial

Seis meses depois

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Hoje (20) faz seis meses que a vacinação contra a Covid-19 começou em Marechal Cândido Rondon. Em 20 de janeiro deste ano era iniciada a imunização das primeiras pessoas contra a doença causada pelo novo coronavírus. As manchetes destacavam: Dia histórico! A emoção de finalmente encontrar uma luz no fim do túnel tomava conta de muitos moradores do município. A angústia dos meses de pandemia, finalmente, começava a chegar ao fim.

Passado meio ano, a vacinação da primeira dose alcançou adultos na faixa dos 30 anos (hoje a faixa etária contemplada é a de 37 anos). Praticamente todos os idosos já receberam a segunda dose. Ainda, uma parte da população recebeu a esperança em dose única. Aos poucos, o município, assim como toda a região e o Brasil, está avançando para dar fim, de vez, a essa pandemia.

Com o controle da pandemia o vírus não deixará de existir. Ele vai permanecer em nosso meio, assim como tantos outros vírus que antigamente causavam grandes preocupações para a saúde dos brasileiros e que foram controlados pelo invejável programa de vacinação que existe no Brasil. Com todo mundo vacinado, o vírus fica quietinho no canto dele, sem ter onde se reproduzir, já que não há hospedeiros aptos.

Ao contrário do que muita gente pensa, ele não será eliminado. Será, sim, controlado.

Nos anos 1980, o personagem do Zé Gotinha foi um grande aliado para a vacinação em massa de milhões de brasileiros. Naquela época em que não se discutia eficácia ou onde a vacina era produzida, se imunizar era praticamente uma obrigação. E era na escola mesmo, na base da famosa pistola que os mais velhos lembram.

Assim, o Brasil conseguiu controlar doenças bastante graves na época, como a poliomielite, ou paralisia infantil, que teve o último caso registrado em 1989, sarampo, que tinha sido estancado, mas reapareceu em 2018, e a difteria, que fazia parte do passado e também reapareceu no Brasil.

Isso porque, com as doenças controladas, as mamães e papais deixaram de vacinar seus filhos. Ano após ano, e junto com uma grande campanha de desinformação sobre os efeitos das vacinas desencadeada no mundo neste século, as crianças foram menos e menos imunizadas. O vírus encontra pessoas expostas para se proliferar. E o resultado você já sabe qual é. Surtos e epidemias.

Para piorar, boa parte das pessoas (mais de três milhões no Brasil) não está indo aos postos de saúde procurar a segunda dose para completar o esquema vacinal. Fake news e desinformação atrapalham a saúde pública e colocam em risco a vida de brasileiros.

Diante da crescente desconfiança das pessoas em relação às vacinas, tanto as já conhecidas quanto as formuladas para barrar a pandemia, o Rotary reuniu clubes de todo o Brasil sob o manto da campanha #InformaçãoSalvaVidas, como apelo à importância da imunização, com apoio deste veículo de comunicação e nossas plataformas.

Faça sua parte, leia, informe-se (não desinforme-se) e vacine seus filhos. Quando chegar sua vez, na primeira ou na segunda dose, vá se vacinar. Informação e vacinas salvam vidas. O contrário também é verdadeiro.

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