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Arno Kunzler

Sem polarização

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A eleição para prefeito de Marechal Cândido Rondon, pela primeira vez na história, não oferece polarização entre duas candidaturas principais.

O processo está tão calmo que é incapaz de despertar a emoção que envolve as tradicionais campanhas para prefeito no município, com gente na rua, disputando espaços, discutindo e defendendo seus candidatos.

Parte desse clima é resultado da pandemia, que faz muitos eleitores permanecerem distantes da política, até por conta do medo de serem infectados.

Outra parte da calmaria está por conta da ausência de disputa direta entre um dos candidatos da oposição com o prefeito.

Os opositores do prefeito Marcio Rauber, candidato à reeleição, até tentam polarizar com ele, mas até agora não conseguiram.

A divisão da oposição fez surgir um sentimento que não estava presente em outras campanhas.

Talvez uma sensação de que a eleição está decidida, que nenhum dos candidatos da oposição conseguirá superar o prefeito.

Alguns dos principais candidatos à vereança pela oposição nem assumem candidatura a prefeito, temendo perder votos se o fizerem.

Um dos mais importantes candidatos a vereador pela oposição, de um dos partidos que optou por não se coligar com nenhum candidato a prefeito, pesquisando as manifestações de seus eleitores pelas redes sociais, detectou que quase 70% deles estão propensos a votar nele e no candidato de situação para prefeito.

Esse é o resumo da disputa eleitoral de Marechal Cândido Rondon e, talvez, a razão principal dessa campanha ser assim, aparentemente tão desinteressante, de pouca ou nenhuma emoção.

Resta saber se na reta final da campanha os candidatos vão conseguir aquecer a disputa, trazer o eleitor para o debate e tornar a campanha mais apimentada.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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