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Arno Kunzler

Setor turbinado

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Um setor que está realmente com um desempenho fora do normal é a construção civil. Parece estar turbinado.

E são vários os motivos que contribuem para o aquecimento das vendas, seja de terrenos, de material de construção ou de obras feitas.

O primeiro deles, e o maior responsável, é o preço da soja.

A soja é uma das commodities que funcionam como moeda para garantir a valorização do que se compra e vende, especialmente nas regiões produtoras do cereal.

As pessoas vendem terra, terrenos e até máquinas e ficam devendo o saldo em sacas de soja.

Mas, além da soja, o milho também subiu, e com eles (milho e soja) subiram os preços dos suínos, frangos e demais derivados do agro.

O segundo fator que faz a construção civil “nadar de braçada” é a disponibilidade do dinheiro, que no banco rende muito menos do que comprando materiais para construção.

Tivemos nesse setor algumas altas estratosféricas, como do ferro, do aço e do PVC, porém em todos os setores da construção civil registramos altas, que, acumuladas, fazem o dinheiro aplicado nos bancos perder valor.

E como há mais dinheiro aplicado do que havia antes, fruto da venda de soja e milho e dos ganhos maiores com suinocultura e também dos financiamentos facilitados, além de outras fontes de renda, há também mais gente querendo comprar imóveis ou construir.

É impressionante como houve aumento de vendas nesse setor. As empresas cresceram e estão fortalecidas.

E apesar das altas já acumuladas, os negócios continuam crescendo, mostrando uma vitalidade impressionante do setor e, por que não dizer, da nossa economia regional, impulsionada pelo agro.

Essa vontade (ou necessidade) que as pessoas têm de comprar é que faz os preços subirem.

Até quando?

Até quando as pessoas terão tanta vontade (ou sentirão necessidade) de comprar.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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