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Editorial

Sistema forte

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O ano não foi dos melhores para a economia do país, mas isso vai depender para quem você perguntar. Para o sistema cooperativista paranaense foi mais um ano de recordes. O faturamento das filiadas ao Sistema Ocepar, em 2018, chegou a R$ 83,5 bilhões. O aumento é de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior, demonstrando que a solidez do sistema garante resultados acima das médias galgadas e alcançadas por outros setores que integram a economia estadual.

Entre os destaques no Paraná está o cooperativismo do agronegócio, que integra, essencialmente, produtores de grãos, de proteína animal (carnes, ovos e leite) e o cooperativismo de crédito, capitaneado por duas gigantes que crescem ano após ano.

Os resultados prévios do cooperativismo no Paraná, divulgados nesta semana mostram ainda outros números grandiosos. Ajudou a encher os cofres públicos com R$ 2,1 bilhões recolhidos em impostos. Em ano de retração, as cooperativas do Estado, juntas, investiram R$ 1,9 bilhão. O número de associados, que em 2017 já atingia 1,5 milhão, passou a 1,8 milhão de pessoas. São quase mil novos associados a cada dia, de segunda-feira a sábado.

As cooperativas foram decisivas também para manter a viabilidade da avicultura e da suinocultura, dois dos principais setores que integram a força do campo no Oeste do Estado. A alta no preço dos insumos e a queda nos preços internos pelo quilo do animal, por consequência dos bloqueios internacionais que afetaram o país neste ano, só não trouxeram resultados piores para o produtor porque a carga foi amortecida pelas cooperativas.

O sistema cooperativista do Paraná tem demonstrado, ano após ano, que é um modelo eficiente de gestão e que garante resultados melhores para as comunidades onde estão inseridas tais empresas. Não por nada esses empreendimentos são tidos como exemplo a ser disseminado em outras regiões do Brasil. São inúmeras características que tornam as cooperativas instituições exemplares.

Hoje quase 60% de tudo que é produzido pelo agronegócio paranaense passa por uma cooperativa. Não é raro encontrar produtores sócios de duas, três instituições desse naipe. Com elas, conseguem insumos, assistência técnica e têm a garantia da compra do produto e outras vantagens, como a participação nos lucros distribuída nas assembleias gerais que acontecem a cada ano.

Essas cooperativas trabalham em outras frentes, por exemplo, atualizando produtores sobre as legislações, criando grupos para jovens e mulheres se infiltrarem cada vez mais no mundo agro, tendo engajamento pelas causas sociais locais, criando programas de despoluição e redução de danos ambientais, entre outras. É um bem que foge de sua atividade inicial, mas complementa a atividade-fim.

O cooperativismo mais uma vez mostra sua força. Esse modelo econômico, que sofre menos abalos por aglomerar as pessoas em torno de um norte comum, merece o respeito, o carinho e a admiração das pessoas.

 

 

 

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