Arno Kunzler
Tributo a um líder
Poucos líderes religiosos, talvez nenhum, conseguiram a admiração e o respeito que o padre Solano Tambosi conquistou em Marechal Cândido Rondon.
E não só dos fiéis que frequentam a sua paróquia, mas todos que de alguma forma convivem ou conviveram com ele.
Padre Solano tem o dom da palavra. Tem as palavras certas para cada ocasião, o tom certo para cada situação e a coragem de dizer o que pensa que é certo, sempre de forma polida e suave, de modo que as pessoas entendem, aceitam e respeitam.
É uma pena que chegou ao final a sua passagem por aqui. Vai deixar um vazio difícil de ser preenchido por qualquer que seja e por melhor que seja seu substituto.
A comunidade católica rondonense lamenta a saída de padre Solano, e não por menos: ele construiu laços e suas ações fizeram os católicos gostar de frequentar as missas.
Um padre compreensivo, que defende a inclusão, que defende a compreensão com aqueles que vivem em dificuldades, sejam financeiras ou emocionais.
Que aceita e defende o pensamento do papa Francisco.
Um padre que, acima de tudo, gosta do sacerdócio e do convívio pacífico com todas as denominações religiosas.
O padre Solano é um líder nato, que agrega fiéis e não desagrega por interesses e picuinhas que envolvem as pessoas com as quais convive.
Soube conduzir a comunidade católica com maestria e firmeza, mesmo quando precisou lidar com pontos de vista diferentes.
Ao padre Solano nossos votos de sucesso. Que continue sua caminhada motivando as pessoas a serem mais compreensivas, mais amáveis e mais confiantes.
Mesmo sabendo que é difícil agradar a todos, padre Solano é um dos poucos casos que não coleciona diferenças e nem faz adversários.
É uma alma gigante que abraçou a todos e mostrou sempre o caminho da humildade e da serenidade.
Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos