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Dom João Carlos Seneme

Um banquete para todos os povos

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A Liturgia deste 28º Domingo do Tempo Comum (Ano A), nos coloca em sintonia com o banquete do Reino de Deus. Esta imagem quer descrever o mundo de felicidade, amor, alegria sem fim que Deus prepara e oferece gratuitamente a todos os seus filhos e filhas. Diante do convite somos desafios a aceitar o “banquete” preparado para nós. Nada pode nos distrair, temos que fazer escolhas que preserve a vida plena que se encontra junto ao Pai no seguimento de Jesus no amor de Espírito Santo.

Um rei organizou um banquete para celebrar o casamento de seu filho. Convidou várias pessoas, mas o convidaram recusaram participar da festa, apresentado desculpas sem importância. O rei resolveu, apesar de tudo realizar a festa, que deve estar cheia de convidados. Determina, então, que fossem trazidos para o banquete aqueles que estivessem pelas “encruzilhadas dos caminhos”. Todos foram convidados maus e bons. E a festa foi realizada. Havia um que não usava vestido adequadamente e foi expulso da festa.

O texto revela o dia a dia de Jesus que se relaciona com todos, porém nem todos o acolhem porque o consideram humano demais. Os líderes de Israel sempre reprovaram o contato de Jesus com os pecadores e os desqualificados. Todos deveriam ser excluídos porque eram impuros. Jesus deixa claro que, na perspectiva de Deus, não é importante se este ou aquele tem mais direito de sentar-se à mesa do Reino; o que importa é aceitar ou não o convite de Deus. Qual o espaço que Deus tem na minha vida? Como organizo o meu tempo para encontrá-lo?

Todo domingo, na celebração eucarística, Deus prepara um banquete para todos e faz de tudo para nos motivar a participar do sacrifício de Jesus que se torna evento salvador.

Amigo, como entraste aqui? Esta pergunta é dirigida a cada um de nós que nos encontramos na grande sala nupcial que é a Igreja, para participar do banquete que é a Eucaristia. É uma oportunidade para entrar dentro de nós mesmos e nos perguntar se estamos vestidos para participar das núpcias de Jesus com sua Igreja. A roupa adequada é o coração aberto para acolher Deus que se oferece a nós, é acreditar no amor, na partilha, no serviço, na misericórdia, na vida colocada a serviço dos outros e não centrada em nós mesmos. No banquete de Deus não há lugar para o egoísmo, a arrogância, a injustiça, a acomodação e muito menos a autossuficiência.

A parábola dos convidados à festa revela o coração de Deus: ninguém é excluído. Seu desejo é que a sala esteja repleta de convidados e para isso Ele se empenha pessoalmente. Tudo está preparado. Ninguém pode impedir a Deus de fazer chegar a todos o seu convite. Cabe a nós, discípulos missionários, levar o seu convite a todos, principalmente aos que estão pelas encruzilhadas dos caminhos.

Senhor, quero testemunhar com a minha vida minha condição de discípulo do Reino, quero empenhar minha vida para levar o teu convite de amor a todos os homens e mulheres.

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