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Arno Kunzler

Um país indignado

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O Brasil que vai às ruas neste domingo (13) não é o Brasil que é contra o PT, nem a favor do PSDB.

O Brasil que vai às ruas está indignado com a corrupção, seja ela de que partido for, de que Estado ou de que município.

Não importa se o governante foi eleito pela esquerda ou pela direita, como alguns insistem em classificar os eleitores e os partidos.

Não importa se o candidato se registrou pelo PT ou pelo PSDB, para citar apenas os dois partidos da moda que governam o país desde 1994.

Sabemos que partido para os políticos é apenas a ferramenta legal para se eleger.

Não vamos discutir ideologia até porque isso não existe no Brasil, tanto que a cada eleição quase metade dos postulantes a cargos eletivos mudam de partido.

E quando se elegem, de fato, nós podemos perceber que não há diferença nenhuma entre os partidos.

A prática muda somente por causa de alguns políticos que são diferentes dos demais.

Podemos dizer, sim, que há políticos diferentes, mas no Congresso são minoria, no governo simplesmente não entram se não se converterem antes aos caprichos dos corruptos de plantão.

O Brasil que vai às ruas neste domingo protesta contra os corruptos de todos os partidos e de todos os governos.

Portanto, nós, do Jornal O Presente, estamos juntos nessa caminhada, levando esse propósito.

Não somos contra partido nenhum e nem a favor de partido algum.

Somos contra os corruptos e a favor das investigações de todos os políticos suspeitos de terem se beneficiado algum dia de recursos públicos, sem ter prestado serviço e sem ter feito por merecer.

Convidamos as pessoas para que se juntem aos líderes das manifestações com esse propósito.

É preciso mostrar que estamos cansados de ser enganados por políticos mentirosos, corruptos e demagogos.

Que estamos cansados de esperar por atitudes do Congresso Nacional, legítimo representante da vontade popular, mas que há muito tempo não cumpre com essa função.

Que estamos ávidos por justiça, sim, em todos os níveis de governo.

Que desejamos ver os corruptos cumprindo penas nas penitenciárias e não zombando dos que trabalham e produzem honestamente, fazendo, muitas vezes, entender que o certo no Brasil é fazer o errado.

Não é pedir muito.

Enquanto a NAÇÃO não se manifestar, temos certeza, esses desmandos com o dinheiro público vão continuar.

Os políticos só entendem uma linguagem: o povo nas ruas e a justiça.

Façamos, pois, a nossa parte e esperamos que o Poder Judiciário não recue.

Que a Suprema Corte permita que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal consigam finalmente alcançar as organizações criminosas que se infiltram nos governos, desvirtuando suas ações.

Vamos dar um basta, vamos dizer não à corrupção e sim à justiça!

 

* O autor é jornalista e diretor do Jornal O Presente

arno@opresente.com.br

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