Fale com a gente

Arno Kunzler

Uma doença política

Publicado

em

O fanatismo, ou extremismo político, tão praticado no Brasil, especialmente nas últimas duas décadas, pode ser considerado uma doença grave.

Pior que contra ela não temos vacina, nem remédio que funcione, que cure.

É uma doença que ataca o ser humano, desorganiza e destrói sua capacidade de raciocinar e coloca ele em choque com todos que não sofrem do mesmo problema.

Um fanático age como um elefante na relojoaria, derruba as prateleiras e quebra tudo que consegue tocar.

O general Santos Cruz, que chegou a ser chamado por Bolsonaro para compor sua equipe, mas acabou demitido poucos meses depois, disse que foi ao Haiti comandar as tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) basicamente para combater o extremismo.

Santos Cruz declarou na semana passada que está atuando no Brasil no combate aos extremismos políticos.

Parece que Santos Cruz encontrou o caminho, o remédio para o Brasil, um país que adoeceu nas mãos dos extremistas políticos, que não consegue encontrar soluções para os seus graves problemas econômicos, sociais, políticos e muito menos promover qualquer tipo de união.

Parece que lutamos uns contra os outros, como se adversários fôssemos.

Somos induzidos a sermos inimigos de quem pensa diferente, mas levados a isso de forma consciente e orquestrada.

Ter gente como o general Santos Cruz assumindo essa tarefa causa um certo alívio, como cidadão e observador político.

Mostra que gente qualificada como o general, um líder do Exército, percebe o caminho que estamos trilhando, quando quem governa tenta nos conduzir para um lado e escolhe por nós quem devemos odiar, criticar e contrariar.

A ideia de buscar soluções fora dos extremos parece muito oportuna e sensata.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente