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Arno Kunzler

Velha geração

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Se observarmos o processo sucessório nas principais empresas de Marechal Cândido Rondon, perceberemos que uma nova geração está assumindo os negócios.

Refiro-me às empresas mais tradicionais fundadas pelos pioneiros nas décadas de 60/70, ou antes.

Os fundadores já passaram o bastão há algum tempo e a segunda geração está entregando.

Percebemos em muitas empresas, que sobreviveram ao tempo, o mesmo processo.

Muitas, porém, foram vendidas e migraram de mãos e comando.

Podemos contar nos dedos de uma mão as empresas que ainda continuam sob o comando das famílias fundadoras. Destacam-se as famílias Seyboth, Nied, Dockhorn, Konieczniak, Rieger, Weirich, Von Borstel, Winter, Fischer, Lamb, Reschke, Port, Reichert, Sturm, Netzel, Confucio, Fumagali, e outras tantas, algumas que não viraram o século.

Muitas têm sucessores familiares, outras foram sucedidas por novos proprietários e algumas deixaram de existir.

É o processo natural, que faz as empresas crescer, viver seu tempo e depois morrer.

E isso normalmente não depende da economia, de governos e nem de competências.

Depende, na maioria das vezes, de interesses.

Os empresários cansam, se desiludem e perdem a motivação para continuar investindo no ramo.

Alguns perdem a inspiração e vão perdendo espaço para concorrentes mais ávidos por crescer.

Assim, em mais algumas décadas, alguns desses nomes terão espaço na história do município, mas para as gerações atuais ou futuras pouco representam.

O consumidor dos dias de hoje não tem apego à tradição e não costuma valorizar um produto por ser de uma família ou uma empresa pioneira.

O consumidor tem formas próprias para escolher quem vai sobreviver e quem vai morrer no mundo dos negócios.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e Editora Amigos da Natureza

arno@opresente.com.br

 

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